segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Coisas da Vida
Clarice Lispector

Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo,
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
já expulsei pessoas que amava de minha vida,
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz,
Ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas na frente do espelho
Tentando descobrir quem sou,
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei a verdade
E também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
Para mais tarde chorar quieto em meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros...
já fingi ser o que não sou para agradar uns,
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muito a falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando deveria calar,
Já calei quando deveria gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
Apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz
Para dar esperança a quem precisava...
Já sonhei demais,
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
Hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei pra quem não queria
Apenas para não ligar para quem realmnete queria
já corri atrás de um carro,
por que ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E foi pesadelo maior ainda...
Já chamei pessoa próximas de "amigo"
E descobri que não eram;
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
E sempre foram e serão especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas,
Porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostre o que esperam de mim,
Porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que eu não sou,
Não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras,
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma para sempre...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Gatinha aos "enta"...

Visita de rotina aos médicos.
Todo ano a mesma peregrinação. Mastologista, ginecologista, oftalmologista, dentista...
Mas um dia, resolvi incluir um "ISTA" novo na minha odisséia....
Um DERMATOLOGISTA...

Já era hora de procurar uns creminhos mágicos para tentar retardar ao máximo as marcas da inevitável entrada nos ENTA.
Na verdade, sentia-me espetacular.
Tudo certo.
Ninguém podia cantar para mim a ridí­cula frase da Calcanhoto 'nada ficou no lugar....' kkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas não sei o que deu no espelho lá de casa, que resolveu, do dia para a noite, tomar ares de conto de fadas. Aliás, de bruxas.

E mostrar coisinhas que nunca haviam aparecido (ou eu não havia notado?).
Pontinhos azuis nos tornozelos, pintinhas negras no colo, nos braços, bolinhas vermelhas na bunda... olheiras mais profundas...

Como assim??? Assim... Sem avisar nem nada.
De repente, o idiota resolveu mostrar e pronto.
Ah, não! Isso não vai ficar assim.

Um "ista" novo na lista do convênio.
O melhor!!!!!!!
Queria o melhor especialista de todos os "istas"!
Achei. Marquei.

E fui tão nervosa quanto para um encontro 'bem intencionado' daqueles em que a gente escolhe a roupa íntima com cuidado, que é para não fazer feio.... nem parecer que foi uma escolha proposital... sabe como é, né?

Pois sim.
O sujeito era um dermatologista famoso. Via e cutucava a pele de toda a nata feminina e masculina da cidade...
Assim, me armei de humildade.
Disposta a mostrar cada defeitinho novo que estava observando, através do maquiavélico e ex amigo espelho de meu quarto.
Depois de fazer uma ficha com meus dados, o 'doutor' me olhou finalmente nos olhos, e perguntou: - 'O que lhe trouxe aqui?'
Fiquei vermelha como um tomate. E muda.
Ele sorriu e esperou.
Quase de olhos fechados, desfiei minhas queixas.

Ele observou 'in loco' cada uma delas, com uma luz de 200wtz e uma lupa...
E começou o seu diagnóstico.
- 'As pintinhas são sinais do Sol, por todo o Sol que já tomou na vida. Com a IDADE (tóin!) elas vão aparecendo, cada vez mais numerosas. Vai precisar de um protetor solar para sair de casa pela manhã, mesmo sem ir à praia. Para dirigir inclusive. Braços e pernas e rosto e pescoço.
- "E praia? "
- "Evite. Só de 6 às 10 da manhã, sob proteção máxima, guarda sol, óculos e chapéu. Bronzear-se, nunca mais."
-Ahmmm... (a turma só chega às 11:00 !!!!)
-'Os pontinhos azuis são pequenos vasos que não suportam a pressão do corpo sobre saltos altos.Evite. Use sapatos com solado anabela ou baixos, de preferência. Compre uma meia elástica, Kendall, para quando tiver que usar saltos altos.
-Ahmmmaaaa... (Kendall??? E as minhas preciosas sandalinhas???)
-'As bolinhas na bunda são normais, por causa do calor. Para evitá-las use mais saias que calças. Evite o jeans e as calcinhas de lycra. As de algodão puro são as melhores... E folgadas...'
-Ahmnunght?? ?? (e pude 'ver' as de minha mãe, enormes na cintura, de florzinhas cor de rosa..... vou chorar!).
-'As olheiras são de família. Não há muito que fazer. Use esse creminho à noite, antes de dormir e procure não dormir tarde. Alimentação leve, com muita fruta e verdura, pouca carne e muito peixe. Nada de tabaco, nem álcool... Nem café.'

E então a histérica aqui­ começou a rir...
Agradeci, peguei suas receitinhas e saí­ rindo, rindo....
Me dobrando de tanto rir!
No carro comecei a falar sozinha...
Tudo o que deveria ter dito e não disse:
'Trabalho muito, doutor,... muitas noites vou dormir às 2h, escrevendo e lendo.
Bebo e fumo. Tomo café. Saio pelas noites de boemia com os amigos e seus violões para as serenatas de lua cheia... E que noites!!!!
Adoro os saltos, principalmente nas sandálias fininhas. Impossível a meia elástica (argh!!). Calcinhas de algodão? E folgadas??? Adoro as justinhas e rendadas... E não abandono meu jeans nem sob ameaça de morte!!! É meu melhor amigo!!!!
Dormir lambuzada? Neste calor? E minhas duchas frias com sabonete Johnson para ficar fresquinha como um bebê, cada noite?
E nada de praia??? O senhor está louco é??? Endoideceu foi??? Moro no Rio, com esse mar e tudo...E tenho só 40 anos....
Meia vida inteira pela frente!!!

Doutor Filistreco, na minha idade não vou viver como se tivesse feito trinta anos em um!!!
Até um dia desses tinha 39...
E agora em vez de 40 estou fazendo 70???
Inclua aí na sua lista de remédios...
para as de 40 a 60, MEIA LUZ...
Acho que é só disso que eu preciso.
Um bom abajur com uma luz de 15wts...
E um namorado que use óculos...
É isso... só isso!!! Entendeu????'

Parei no sinal e olhei de lado...
e um cara de uns 25 anos piscou o olhou para mim. Ah... e ele nem usava óculos!
Nunca fiz o que me recomendou o filistreco ISTA...
Minhas olheiras são parte de meu charme..
E valem o que faço pelas noites a dentro... Ah!!! se valem!
As bolinhas da bunda desapareceram com uma solução caseira de vitamina A, que quase todas as mulheres usavam e eu não sabia, até que contei minha historinha do 'bruxo mau'.
Os sinaizinhos estão aqui... sem grandes alardes... e até que já acho bonitinho.
O espelho é muito menor... o outro, eu dei para minha filha.

E meu namorado diz que estou cada dia mais linda! Principalmente quando estou de saltos e rendas, disposta a encarar uma noite de vinhos e música.
É claro que ele usa óculos.
Mas quando quero ficar fatal, tiro os seus óculos... e acendo o abajur.
"No mundo sempre existirão pessoas que vão lhe amar pelo que você é, e outras, que vão lhe odiar pelo mesmo motivo.
Acostume-se...."

O melhor ‘ISTA’ é ser OtimISTA

(Desconheço o autor desta pérola)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

RELÓGIO DO CORAÇÃO
Mario Quintana

Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes)

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.

Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.

Há eventos que marcaram, e que duram para sempre o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado. Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.

Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.

Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.

O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.

Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.

Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.

É olhar as rugas e não perceber a maturidade.

É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.

Pense nisso. E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.


O TEMPO
Mario Quintana 
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. 

"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã. Nele repousa a esperança." (Frank Lloyd Wright)

"O tempo foi algo que inventaram para que as coisas não acontecessem todas de uma vez".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

EU ENVELHECI
Procura-se a autora

Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela.

Pensei e concluí: a velhice é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser. Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso.

Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco , uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho.

Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia?

Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo!

Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros.

Eles, também, se conseguirem, envelhecerão.

Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos.

E das coisas importantes, eu me recordo freqüentemente.

Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito. Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão.

Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito.

Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los a meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados.

Conforme envelhecemos, fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros pensam.

Eu não me questiono mais.

Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações .

Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: ”Eu gosto de ser velha”.

Libertei-me!

Gosto da pessoa que me tornei.

Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui, não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com o que virá.

E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver…

E penso que nunca me sentirei só.

Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre para dar enquanto viver: experiência e muito amor…


































quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TALVEZ
ARISTÓTELES ONASSIS

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilisões no decorrer da minha vida.
Mas farei com que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas terei humildade para aceitar as mãosque se estenderem em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.
Mas não terei vergonha por este gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém mereça a minha confiança.

Talvez no decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritimo da música.
Mas então, farei com que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-iris.
Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência de que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.
Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se minha companheira.
Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamente o que eu gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que mesmo com incontáveis dúvidas eu sou capaz de construir uma vida melhor.

E se ainda assim não me convencer disso, é porque como diz aquele ditado "AINDA NÃO CHEGOU O FIM"

Porque no final não haverá nenhum "TALVEZ" e sim a certeza de que minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


A minha dica é: esqueça isso! Desista de esperar por uma permissão que só pode vir de você mesma. Desista de acreditar que sua felicidade precisa do aval de alguém que não de si mesma. Comece agora a experimentar e vivenciar e apostar naquilo que pulsa dentro de você! E não se surpreenda se, de repente, se descobrir muito mais feliz do que sempre imaginou!
Dra. Rosana Braga

Será que estou velha demais para encontrar alguém?
Autora: Dra Rosana Braga


Infelizmente, a cultura e as regras sociais tentam ditar o que podemos e o que não podemos fazer de acordo com a idade que temos. Enquanto crianças, certamente fazem sentido algumas restrições, especialmente aquelas que garantem a nossa segurança e a construção de nosso caráter.

Entretanto, depois de adultos, salvo as regras que promovem a gentileza e a boa convivência, quaisquer outras podem mais servir para nos limitar, engessar e perturbar do que contribuir para a felicidade pela qual tanto desejamos e merecemos. E por incrível que pareça, amar e ser amado também são itens que constam na lista de regras de acordo com a idade cronológica das pessoas.

Penso que, baseado na transparência e na verdade, amor é sempre permitido e bem-vindo, independentemente dos anos já vividos. Afinal, como escreveu Manoel Carlos:

”O amor não tem idade. Estamos sempre maduros para amar. E não acredito que o amor possa chegar cedo ou tarde. O amor é pontual. Chega sempre na hora certa, seja a hora que for”.

Não há nada mais construtivo, criativo e indicado para a saúde integral de todos nós do que a recíproca “amar e ser amado”. Inúmeras pesquisas já comprovaram os benefícios do amor para o corpo, incluindo pele, mente, humor, sistema imunológico e coração.

Porém, ainda assim, muitas pessoas se tornam reféns dos preconceitos e das imposições culturais e simplesmente não se permitem um novo amor, uma nova chance de ser feliz depois de certa idade. Sinceramente, eu nem saberia citar que certa idade seria essa que tenta definir as possibilidades de uma pessoa sem considerar a intensidade e a vivacidade de suas almas.

O fato é que se permitir ou não se permitir viver as próprias emoções termina estando a serviço da tão conhecida prisão que esse tipo de gente costuma se colocar: “o que os outros vão pensar se eu fizer isso?”. E, neste caso, convenhamos que não restam muitas opções. Ou melhor, praticamente nenhuma, já que o que cada um pensa, seja lá sobre o que for, seguramente é um direito adquirido individualmente.

O mais triste neste cenário – onde casais deixam de viver um grande amor por medo do que os outros vão pensar ou dizer – é que os outros vão pensar ou dizer de qualquer forma, aconteça o que acontecer, porque essa é uma dinâmica recorrente da maioria das pessoas. E isso significa que a única coisa que não irá se realizar será o amor e a felicidade dos envolvidos. De resto, o mundo continuará praticamente igual...

Portanto, toda vez que você se perguntar algo como “será que estou velha demais para encontrar alguém?”, tente se dar conta de que se estivesse velha demais para o amor ou para qualquer outra situação, sequer teria despertado esse tipo de questionamento. Ou seja, se você está perguntando, é porque está apenas querendo a “permissão” dos outros.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Renascer

                                  Eis o teu renascer,
a tua presença a brilhar, a evoluir...
Muito fizeste por ti, muito estás a fazer, por isso, teu caminho é de paz.
Aos poucos, percebes que a tua alegria se irradia
onde o perdão absorve toda culpa,
onde a compreensão descansa nas calmas palavras
que se desprendem do teu coração.
Aos poucos, encontra tuas portas abertas,
teu amanhecer surgindo em um novo horizonte.
Aos poucos, teu coração encaminha-te a novos percursos,
fazendo brotar em teus seixos novos milagres.
Tua sede vai diminuindo e o teu silêncio começa a ter formas, cores e aprendizados importantes na busca por ti mesmo.
Aos poucos, tua dedicação aumenta
e a tua determinação começa a ganhar força.
Um incentivo que procede da tua própria vontade, da tua própria consciência.
Teus medos diluem perante a presença da luz e do amor
que vem de ti, da tua entrega.
Tudo se completa em ti mesmo,
teu ciclo desenrola-se dentro de ti.
Tua responsabilidade é grande e,
ao mesmo tempo, tão pequena perto da proteção e da grande ajuda que recebes a cada momento em que optas por ti.
Ensina aos teus o que estás a ensinar a ti mesmo, percorre todos os caminhos
por onde teu ser aspirar.
Atende aos chamados da vida que pulsam em ti e segue, na luz não há espinhos,
tampouco a dor da solidão.
E ama, ama sempre.
Confia a ti o teu constante caminhar,
e dá aos teus a tua melhor parte...
A parte que, neste momento, estás a alimentar, a parte que te enche os olhos de infinitas possibilidades de estar em paz para sempre.
Que assim seja, e que teus passos, um a um, sejam inocentes, amorosos e eternamente compartilhados.
Sob este céu de estrelas eu saúdo a ti, ao amor e a alegria de poder contar e estar contigo.
Para cada um de vocês, que fizeram a diferença em nossas vidas,
desejamos e compartilhamos de uma alegria sem igual.
Todas as bênçãos para cada um e que a vida esteja presente, fazendo de nossos corações sua grande morada.
Com muito amor e com um Natal tranquilo, aninhado e saboroso.

Equipe Estação Paz
www.paz.com.br