quinta-feira, 31 de março de 2011


Eu aprendi…
…que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto;
…que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las;
…que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Eu aprendi…
…que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando;
…que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida;
…que por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho.

Eu aprendi…
…que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência;
…que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei;
…que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.

Eu aprendi…
…que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem;
…que perdoar exige muita prática;
…que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Eu aprendi…
…que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar minha vida;

Eu aprendi…
…que eu posso ficar furioso, tendo o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Eu aprendi…
…que a palavra “AMOR” perde o sentido, quando usada sem critério;
…que certas pessoas vão embora de qualquer maneira;
…que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas que eu acredito.

Se aprendessemos algumas coisas, tudo seria mais fácil…certas coisas realmente eu já aprendi…outras…ainda não…estou tentando…o que vale é a intenção...


William shakespeare

terça-feira, 29 de março de 2011

Envelhecer
Autor desconhecido

ENVELHEÇO
quando me fecho para as novas idéias e me torno radical...

ENVELHEÇO
quando o novo me assusta e minha mente insiste em não aceitar...
ENVELHEÇO
quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar...

ENVELHEÇO
quando meu pensamento abandona sua casa e retorna sem nada acrescentar...

ENVELHEÇO
quando muito me preocupo e depois me culpo por não ter tido motivos para me preocupar...

ENVELHEÇO
quando penso demasiadamente em mim mesmo e conseqüentemente, dos outros, completamente me esqueço...

ENVELHEÇO
quando penso em ousar e já antevejo o preço que terei que pagar pelo ato, mesmo que os fatos insistam em me contrariar!

ENVELHEÇO
quando tenho a chance de amar e daí o coração se põe a pensar:
"Será que vale a pena correr o risco de me dar? Será que vai compensar?"

ENVELHEÇO
quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta de minha alma e ponho a me lamentar...

ENVELHEÇO,
enfim, quando paro de lutar...

domingo, 27 de março de 2011

Envelhecer!!! Maravilha!! Você já aprendeu? Vai ter tempo?

Atualmente, é provável que, pela primeira vez em minha vida, sinta-me como a pessoa que sempre quis ser.
Não, não me refiro ao meu corpo, diante do qual às vezes me desespero,frente às rugas, aos olhos empapuçados, ao traseiro flácido.
E, com freqüência, volto ao passado, quando vislumbro aquele antigo vulto em meu espelho (que se assemelha à minha mãe !), mas estes sentimentos já não me fazem sofrer mais: são passageiros.
Nunca trocaria os meus amigos incríveis, minha vida maravilhosa, minha família adorada, por cabelos menos grisalhos ou uma barriga menos proeminente.
Conforme envelheci, tornei-me mais amável e menos crítico comigo mesmo.
Tornei-me o meu melhor amigo.
Não me recrimino por ter saboreado aquele docinho a mais, por não ter feito a minha cama, ao acordar, ou por ter comprado aquele enfeite tolo que não precisava, mas que dá um toque de modernidade ao meu jardim.
A minha idade me permite ser excêntrico, a manter tudo fora de ordem, posso ser extravagante.
Testemunhei a partida precoce deste mundo de muitos amigos queridos ; e eles não puderam vivenciar plenamente a liberdade grandiosa implícita no envelhecer.
Qual é o problema, se eu decidir ler ou ficar ao computador até as quatro da manhã, e acordar somente ao meio-dia ?
Serei meu próprio parceiro na dança, ao ritmo dos sucessos inesquecíveis dos anos 60 e 70, e se, ao mesmo tempo, quiser chorar por um amor perdido... posso fazê-lo
Caminharei pela praia com um traje de banho colado ao meu corpo obeso, e mergulharei no mar despreocupadamente, se assim desejar, apesar dos olhares críticos das pessoas mais jovens.
Elas também vão envelhecer.
Sei que algumas vezes me esqueço de algumas coisas.
No entanto repito: é melhor que nos esqueçamos de alguns episódios da vida.
Algumas vezes, recordo-me de coisas importantes.
Com o passar dos anos, é claro, também sofri desilusões. Como não sentir a perda de uma pessoa amada, ou manter-se indiferente diante do sofrimento de uma criança, ou até mesmo quando o bichinho de estimação de alguém é atropelado por um carro ?
Na verdade, ter o coração ferido, é o que nos dá força, discernimento e compaixão.
Um coração que nunca foi ferido, é duro, estéril, nunca sentirá a alegria da imperfeição.
Sou, portanto, abençoado por ter vivido tanto, o que me permitiu ver meus cabelos grisalhos, e ter as marcas de minha juventude, para sempre gravadas nas profundas rugas de meu rosto. Muitos nunca riram, outros morreram antes de terem seus cabelos grisalhos.
Conforme envelhecemos, é mais fácil sermos otimistas.
Nos preocupamos menos com o que pensam as outras pessoas.
Não nos policiamos mais.
Temos, até mesmo, o direito de estar errados.
Portanto, gosto de ser idoso.
Isto me libertou.
Gosto da pessoa na qual me tornei.
Não vou viver para sempre, mas enquanto ainda estiver por aqui, não desperdiçarei tempo lamentando o que poderia ter sido, nem me preocupando com o futuro. Posso agora comer todas as sobremesas que quiser, todos os dias (se estiver com vontade).

Autor desconhecido

sábado, 26 de março de 2011

O Tempo
Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Senhor, ajuda-me a perdoar

Senhor, eu gostaria tanto de poder perdoar. Disponho-me a isso. Oro e tenho a impressão de que lavei meu coração de toda mágoa.
Contudo, basta que eu reveja quem me agrediu, caluniou, traiu e todo o sentimento retorna.
Isso está me fazendo muito mal, Senhor. Sinto um peso dentro de mim, um mal-estar e tenho a impressão de que perdi um tanto da capacidade de amar.
Em função do que padeci, tornei-me desconfiado. Quando um amigo me abraça, não me entrego em totalidade. Fico pensando se ele está sendo sincero.
Se não estará, como outros, demonstrando uma afeição que não lhe habita a alma, somente por conveniência. Pior ainda, fico cogitando quando esse amigo me oferecerá o fruto amargo do abandono.
Isso é muito ruim, Senhor, eu sei. Contudo, tornei-me assim, depois de tantas ingratidões recebidas, em tantos afastamentos constatados, em tantas evasões de pessoas a quem entreguei o meu coração.
Recorro às páginas do Evangelho e as leio, entre a emoção e o desassossego. Pesquiso as vidas dos grandes seguidores da Tua mensagem e me indago:
Por que eles conseguiram perdoar? O que me falta para isso?
Na tela da memória, evoco a imagem do primeiro mártir do Cristianismo, Estêvão, apedrejado por amor à verdade que propagava.
Ainda agonizante, ao lado da irmã, que descobre noiva do seu verdugo, tem palavras de perdão. Não são palavras de quem, por estar morrendo, resolve doar o perdão.
São palavras de quem se mostra agradecido por reencontrar a irmã querida, depois de tantos anos de separação que lhes fora imposta.
São palavras de quem está feliz e poderá morrer tranquilo, não somente por ter sido fiel a Jesus até o fim, mas por saber que sua irmã estará bem amparada por aquele mesmo que a ele tirou a vida.
Cristo os abençoe... Não tenho no teu noivo um inimigo, tenho um irmão...
Saulo deve ser bom e generoso. Defendeu Moisés até ao fim... Quando conhecer a Jesus, servi-lO-á com o mesmo fervor...
Sê para ele a companheira amorosa e fiel...
Perdão incondicional. Ele poderia pensar em que poderia gozar da felicidade de tornar a conviver com a irmã, depois de tantos anos.
Voltar a estarem juntos, como dantes da tragédia que os separara. Mas, não.
Suas palavras não são de reprovação a quem o condenara ao apedrejamento. Nele somente há perdão.
Por tudo isso, Senhor, eu Te peço: Ajuda-me a perdoar. Ensina-me a perdoar. Promove em mim a mudança para melhor.
Não permitas que eu me perca pelas ruelas sombrias da mágoa, da tristeza e do desencanto.
Eu desejo voltar a acreditar nas pessoas, a crer na amizade sincera, na doação sem jaça.
Recordando o Teu exemplo extraordinário na cruz, preocupando-Te com aqueles que Te haviam infligido tanto sofrimento e morte, eu Te peço: Ajuda-me.
Tenho certeza de que, quando o perdão puder ser a tônica dos meus atos, eu voltarei a sorrir, a ter fé, a viver intensamente.
Ajuda-me, pois, Senhor Jesus, a perdoar. Porque, não somente desejo ser feliz, mas igualmente almejo ser, para os que comigo convivem, motivo de contentamento e de alegria.

Redação do Momento Espírita, com frases atribuídas a Estêvão, extraídas do cap. 8, pt. I, do livro Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 21.03.2011.


segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

O Rio e o Oceano
Autor desconhecido
Diz-se que, antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás para o longo caminho, que percorreu,
e vê a sua frente um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas o rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E só quando ele entra no oceano é que o medo desaparece,
porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano,
mas tornar-se oceano.
Por um lado, é desaparecimento, e,
por outro, renascimento.

sábado, 19 de março de 2011

Eu quero saber...
Autor desconhecido

Não me interessa o que você faz para viver,
eu quero saber o que de fato você busca e se você é capaz
de ousar sonhar em encontrar as aspirações do seu coração.

Não me interessa a tua idade.
Eu quero saber se você será capaz de se transformar num tolo
para poder amar, viver os seus sonhos, aventurar-se de estar vivo.

Não me interessa qual o planeta que está em quadrante com a tua lua.
Eu quero saber se você tocou o centro da tua própria tristeza, e se você
tem sido exposto pelas traições da vida ou se você tem se contorcido e
se fechado com medo da própria dor.

Eu quero saber se você é capaz de ficar com a alegria, a minha e a sua.
Se você é capaz de dançar loucamente e deixar que o êxtase te envolva
até a ponta dos dedos dos pés e das mãos, e sem querer nos aconselhar a
sermos mais cuidadosos, mais realistas ou nos lembrar das limitações de ser humano.

Não me interessa se a história que você está me contando é verdadeira.
Eu quero saber se você é capaz de desapontar o outro para se verdadeiro consigo mesmo.
Se você é capaz de escutar a acusação de traição e não trair a sua própria alma.
Eu quero saber se você pode ser confiável e verdadeiro.
Eu quero saber se você pode ver a beleza, mesmo quando o dia não está belo,
e se você pode conectar a sua vida através da presença de Deus.
Eu quero saber se você é capaz de viver com os fracassos, os teus e os meus,
e mesmo assim se postar nas margens de um lago e gritar para o reflexo da lua, “SIM”

Não me interessa onde você moro ou quanto dinheiro você ganha,
eu quero saber se você é capaz de acordar depois da noite do luto e do desespero,
exausto e machucado até a alma, e fazer aquilo que precisa ser feito.

Não me interessa o que você é, ou como você chegou aqui.
Eu quero saber se você irá postar-se no centro do fogo comigo e não fugir.

Não me interessa onde, o quê ou com quem você estudou.
Eu quero saber o que te sustenta interiormente quando tudo o mais desabou.
Eu quero saber se você é capaz de ficar bem consigo mesmo, e se você
realmente é boa companhia para si mesmo nos momentos vazios.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A ÁRVORE DOS PROBLEMAS
Autor Desconhecido

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu de seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, seu carro não funcionou no final do dia na hora que iria embora.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe uma carona para casa e durante o caminho o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com suas mãos. Depois de abrir a porta de casa, o carpinteiro transformou-se! Os traços tensos de seu rosto transformaram-se em um grande sorriso. Ele abraçou seus filhos e beijou sua esposa afetuosamente.

Um pouco mais tarde o carpinteiro acompanhou sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa.

"Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é minha árvore dos problemas. Como eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho e, também sei, que não posso traze-los para meus filhos e esposa, então eu resolvi que toda a noite eu deixaria os meus problemas nesta árvore e os pegaria na manhã seguinte."

"E funcionou?", perguntou o homem já chegando no seu carro.

"Se o senhor quer saber, funcionou melhor do que eu esperava. Todas as manhãs quando eu volto para pegar meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior..."
 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Velhas amigas
(Autor desconhecido)

Minha avó tinha uma inimiga ferrenha chamada Marina.
Elas se mudaram para casas próximas na pequena cidade onde tinham ido viver.
Não sei quem começou a guerra, pois foi muito antes de eu nascer, e não sei se quando nasci, uns quarenta anos depois, elas mesmas se lembravam de quem havia começado.
Mas o duro combate continuava, com amargas batalhas. Era uma contenda travada sem um pingo de educação.
Era uma guerra entre senhoras, o que representava guerra total. Nada na cidade escapou das conseqüências.
A igreja de quatrocentos anos quase desabou quando a vovó e a senhora Marina travaram a batalha pela presidência de uma Sociedade local.
Vovó ganhou este combate, mas foi uma vitória sem valor, pois a senhora Marina derrotada, demitiu-se da Sociedade num acesso de pura raiva.
E qual é a graça de você dirigir alguma coisa se não puder humilhar sua inimiga mortal?
A senhora Marina venceu a batalha da Biblioteca Pública, conseguindo que sua sobrinha Fernanda fosse indicada bibliotecária no lugar de minha tia Amanda.
No dia em que Fernanda tomou posse, vovó parou de apanhar livros na biblioteca, dizendo que estavam "cheios de germes", e começou a comprar os livros que queria ler.
A batalha da Escola Secundária terminou empatada. O diretor conseguiu um emprego melhor e saiu antes que a senhora Marina o tirasse de lá ou vovó conseguisse mantê-lo lá para sempre. Além dessas batalhas mais sérias, aconteciam constantes ataques e recuos na linha de tiro. Quando éramos crianças e visitava-mos vovó, parte da diversão consistia em fazer caretas para os terríveis netos da senhora Marina que revidavam com igual truculência.
Corríamos atrás das galinhas e púnhamos bombinhas nos trilhos do bonde bem em frente à casa da senhora Marina com a doce esperança de que, ao passar, o bonde provocasse uma explosão que a fizesse morrer de susto.
Num dia histórico, pusemos uma cobra na calha de chuva da senhora Marina. Minha avó ainda ensaiou um protesto, mas sentimos sua solidariedade, bem diferente dos veementes "nãos" de mamãe, e prosseguimos na nossa carreira de crianças endiabradas.
Não pense, nem por um minuto que só havia um lado nessa guerra. Lembrem-se de que a senhora Marina também tinha netos bem mais valentões e espertos do que os netos de vovó.
Os pestinhas puseram gambás no porão de sua casa e esta foi a agressão mais suave. O fato é que qualquer incidente na casa de vovó foi atribuído aos parentes da senhora Marina. Não sei como vovó poderia ter suportado todos esses problemas se não fosse pelo caderno feminino do jornal diário. A página era uma instituição maravilhosa.
Além das usuais dicas de cozinha e conselhos sobre limpeza, havia uma seção de troca de cartas para que as leitoras pudessem desabafar seus problemas.
Para que o anonimato fosse mantido, as cartas vinham assinadas com um pseudônimo. O de vovó era Serena (que ironia!!!).
Outras pessoas que tivessem o mesmo problema respondiam, dando a solução encontrada e também usando seus pseudônimos. Muitas vezes, exposto o problema, as leitoras ficavam trocando cartas por anos através do jornal, falando sobre filhos, doces em conserva ou a mobília nova da sala de jantar. Foi isso que aconteceu com vovó.
Ela e uma mulher chamada Andorinha se corresponderam por vinte e cinco anos, e vovó dizia a Andorinha coisas que jamais confessara a ninguém, como a vez em que contou que pensava estar grávida (e não estava) ou quando meu tio Célio pegou piolho na escola e vovó ficou profundamente humilhada. Andorinha era sua amiga do coração.
Quando eu tinha dezessete anos, a senhora Marina morreu. Numa cidade pequena, mesmo que você deteste a vizinha, faz parte das regras de educação se oferecer para ajudar a família enlutada no que for necessário.
Vovó atravessou o gramado, deu os pêsames às filhas e começou a ajuda-las a limpar a já imaculada sala de visitas para o funeral.
De repente, viu aberto sobre uma mesa, num lugar de destaque, um enorme álbum de recortes. Para seu mais absoluto estarrecimento ali estavam coladas, em colunas paralelas, as cartas dela para Andorinha e as de Andorinha para ela.
A maior inimiga de vovó fora, na verdade, sua melhor amiga. Foi a única vez que me lembro de ter visto minha avó chorar.
Eu não sabia naquela época por que ela estava chorando, mas agora sei. Chorava por todos os anos perdidos que não poderiam ser recuperados. Naquele momento fiquei tão impressionado com as lágrimas de minha avó, que não me dei conta da descoberta fundamental que começava a fazer. Uma descoberta que se transformou em convicção e que tem me ajudado imensamente a viver.
As pessoas podem parecer insuportáveis.
Podem parecer egoístas, mesquinhas e hipócritas. Mas, se não procurarmos olha-las sob outra ótica, nunca seremos capazes de descobrir que são também generosas, amorosas e bondosas.
E, se não lhes dermos a oportunidade de revelarem seus segredos e aspectos positivos, procurando sempre falar com elas e não delas, ficaremos sempre privados do bem que elas poderão nos proporcionar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Sabedoria do Chocolate Quente

Um grupo de jovens formados e bem estabelecidos
em suas carreiras, estavam conversando sobre suas
vidas em uma reunião de ex-colegas.

Então decidiram que visitariam um velho professor
do tempo de faculdade, agora aposentado, e que fora
sempre uma inspiração para eles.

Durante a visita, o bate-papo se transformou
em reclamação sobre o estresse em seus trabalhos,
vidas e relacionamentos.

Ao oferecer chocolate quente aos seus visitantes,
o professor foi na cozinha e retornou com uma jarra
cheia de bebida e com uma variedade grande de canecos.

Alguns deles eram de porcelana, outros de vidro, outros
de cristal... uns simples, outros bem caros e bonitos, e
outros bem feios.

Então ele convidou cada um a se servir da bebida.

Quando todos eles já estavam com o chocolate quente em mãos,
o professor compartilhou seu pensamento:
-"Percebam que todos os canecos caros e bonitos
foram os escolhidos, e que os simples e baratos
foram deixados na mesa?"

-"Embora vocês achem normal desejarem somente
os melhores para si, é aí que está a fonte de seus
problemas e estresse."

-"O caneco no qual está bebendo, não acrescenta
nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes,
ele é apenas mais caro. Às vezes, ele até esconde
o que estamos bebendo."

-"O que cada um de vocês queria, na verdade, era
chocolate quente. Vocês não queriam o caneco... mas
vocês inconscientemente escolheram os melhores."

-"E logo vocês começaram a olhar
uns para os canecos dos outros."

_"Agora amigos,
por favor, considerem o seguinte:

-"A vida é o chocolate quente.
Seu emprego, seu dinheiro, e sua posição
na sociedade são os canecos."

_"Eles são apenas
ferramentas que fazem parte da vida."

-"Os canecos que vocês tem em mãos, não definem
nem mudam a qualidade de vida
que vocês vivem."

-"Às vezes, ao nos concentrarmos somente no caneco,
deixamos de saborear o chocolate quente
que Deus tem nos ofertado."

-"Lembrem-se sempre disto:
- Deus provê o chocolate. Ele não escolhe o caneco."

-"As pessoas mais felizes
não são as que tem o melhor de tudo.
Mas simplesmente
as que fazem o melhor de tudo que têm!

Vivam simplesmente
Amem generosamente
Cuidem-se imensamente
Falem bondosamente

Deixem o resto com Deus.
E lembrem-se:

- Os mais ricos não são os que têm mais,
mas os que precisam de menos.

Aproveitem seu chocolate quente!!

(autor desconhecido)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Seja feliz apenas hoje!
por Lyrya Kranti - liriah@gmail.com

Começo hoje uma campanha produtiva. Nada de abaixo a impunidade, diga não as drogas ou a guerra. Nada de ser contra qualquer coisa.
Estou começando a campanha: SEJA FELIZ APENAS HOJE!

A coisa começa assim, você pega uma folha de sulfite e escreve com letras garrafais e coloridas:
HOJE É DIA DE SER FELIZ!

Coloque em algum lugar, onde você consiga ler esses dizeres assim que acordar. Depois desse super lembrete, você vai começar a parte mental de projetar o seu dia envolvido nessa egregora de felicidade.

Então você vai dar aquela super espreguiçada. Dar bom dia ao seu dia. E só hoje você vai reparar como é espetacular o céu pela manhã, parece que ele está lhe saudando, está convidando-o(a) a viver, a participar, a ser o protagonista desse lindo dia. E oferece-lhe gentilmente um lindo cenário para que você atue.

O resto do dia não vai te dar trégua, então use alguns lembretes básicos como post-it espalhados pelo carro, pela agenda, pela tela do computador. Avisos pelo celular e coisas do tipo, dizendo: Não esqueça que hoje você é feliz.

Isso tudo pode ajudá-lo quando alguém lhe fechar no transito, alguém mal-educado lhe atender no banco, uma conta não paga lhe deixar nervoso, aquele telefonema do(a) amado(a) não acontecer....enfim, todas aquelas coisinhas que costumam estragar o dia da gente. Só que como hoje você é feliz, então não há espaço para isso. Daí você vai deixar para ser triste, para ficar nervoso, para ficar preocupado e etc, SÓ AMANHÃ.

Quem disse que não podemos deixar coisas para amanhã? Que tolice, deixe tudo isso ai para amanhã, pois hoje vc é feliz, não há espaço e nem tempo para essas outras coisas.

No final do dia, você vai perceber que passou um dia feliz. Que optou pela felicidade, que se lembrou de ser feliz e foi feliz. No começo você precisa prestar atenção, mas depois parece que é automático; como quando se aprende a dirigir o carro, no inicio eu penso a hora certa para trocar a marcha, mas depois é como se o carro conversasse contigo e depois é tão automático você e o carro são apenas um e sua mão muda a marcha no momento exato. E depois que aprender isso, não se consegue mais esquecer.

Porém, você terá que praticar todos os dias. E misteriosamente, sempre que você acordar, aquele bilhete estará lá e ele sempre diz: HOJE É DIA DE SER FELIZ! E as outras coisas sempre estarão esperando o amanhã chegar para que você possa senti-las, importar-se com elas, e tão misteriosamente quanto, você percebe que aguardando este amanhã chegar, quando ele chega.............................. BOOOOOOOMMMMMMM......................é hoje!

Após aquele ar de surpresa, de e agora, o que eu faço? Você lê a sua frente:

Hoje é dia de ser feliz!

Misteriosamente, vai perceber que aquelas coisas vão sumindo, porque a essa altura você nem lembra mais da fechada no trânsito, já pagou a conta, ele ou ela já te ligou, aquele mal educado nem trabalha mais naquele banco. E depois de tanto ser feliz, acabou percebendo que há coisas tão boas em todos os seus relacionamentos, que nem lembra mais daquelas qualidades negativas que outrora se importará.

É impressionante mesmo que quando chegar nesse momento, você já estará tão feliz, que não há um canto de passarinho em plena 18h00min, em plena cidade de São Paulo, que não lhe encante os ouvidos, mesmo envolvido dentro de tantos outros sons da grande metrópole. Nesse instante, você percebe que ganhou um poder sensorial dos 5 sentidos que você consegue capturar essa beleza, mesmo com toda a balburdia da cidade; em contra partida, você ficou péssimo para escutar as reclamações, o cheiro pesado do CO2 no ar, aquelas buzinas infernais e etc . No seu mundo, parece que só há beleza.

Mas mesmo essa percepção vai desaparecendo com a prática. Com o passar dos dias, dos meses, dos anos, a sua vida já se moldou à felicidade que você precisa colocar um bilhetinho no quarto dizendo: Hoje é dia de ser infeliz! Só dessa forma, você consegue passar um dia quase ruim, pois a felicidade já faz parte das suas células, que você já meio que se esqueceu de como era mesmo ser triste, e você só faz isso para lembrar que sempre teve e terá escolhas!

Contudo, já nessa altura dos acontecimentos você descobriu que é muito melhor ser alegre que ser triste, como cantariam naquela melodia.

Parece bem utópico tudo isso, não? Mas você só vai saber se dá certo ou não, se tentar.

E então, hoje você vai ser feliz?

domingo, 13 de março de 2011

Amor Moderno: Ah, ser homem, velho e solteiro
Amy Cohen, em Nova York

Obs:. A imagem faz parter da crônica

Manhattan pode contar com uma escassez de apartamentos a custo acessível e locais para estacionar, mas aparentemente não enfrenta falta de velhas viúvas e divorciadas atraentes, muitas das quais dispostas a sair com meu pai recém-enviuvado. Sempre que o visitava em seu apartamento no Upper East Side, não era incomum sermos interrompidos pelo porteiro ligando para dizer: "Uma senhora acabou de deixar um bolo aqui na portaria". "O que devo fazer com todas estas mulheres?" ele costumava dizer. "Eu me sinto mal, mas são tantas!"
Para se ajustar à sua nova vida social, meu pai de 76 anos, cujas roupas velhas estavam manchadas da mistura do Bloody Mary de seus coquetéis noturnos, comprou um novo guarda-roupa de suéteres de gola careca e calças cáqui. As mulheres com quem ele saía freqüentemente exibiam cabelos sedosos, arrumados sob um pequeno chapéu. Elas eram todas muito simpáticas e ativas, mas como meu pai costumava dizer após cada uma: "Ela não é sua mãe".
Minhas amigas e eu nos espantávamos com sua agenda social. "Dá para acreditar?" Eu disse para minha melhor amiga. "É o quarto encontro dele nesta semana. Todas nós temos que nos reencarnar como um judeu velho com apartamento no Upper East Side."

"Com certeza", ela disse. "Ninguém deixa bolos na minha portaria."

"Amy", meu pai explicava, "estas senhoras ficam tão aliviadas por eu conseguir lembrar seus nomes. Eu ganho pontos adicionais simplesmente por conseguir caminhar até o restaurante sem ajuda".

Eu tinha 35 anos e tinha sido recentemente abandonada por um homem com quem esperava casar, assim, quando meu pai não estava acompanhando uma divorciada ao cinema ou a bisavó de alguém a um concerto de Haydn, ele freqüentemente podia ser visto comigo, sua filha solitária. Na verdade, ele e eu agora passávamos tanto tempo juntos que quando as pessoas me perguntavam se estava saindo com alguém, eu freqüentemente respondia: "Aparentemente, estou saindo com meu pai".

Por toda nossa vida nós fomos distantes, emocional e fisicamente. Ele viajava a negócios pelo mundo e durante minha infância ele às vezes passava meses fora. Quando ele retornava, eu saltava ao redor dele tentando chamar sua atenção, o presenteando com livros que escrevi com títulos como "Veja! Veja! Estou Aqui!" e "Meu Nome é Amy", ilustrados com desenhos de mim mesma.

Agora que ambos estávamos solteiros, finalmente estávamos próximos. E apesar de entender que meu pai precisava de alguém (quando minha mãe adoeceu, ele não sabia nem mesmo pedir comida chinesa pelo telefone ou fritar um ovo), eu me vi cada vez mais nervosa diante da perspectiva de perdê-lo de novo. Mas eu sabia que ele ficaria mais feliz com um novo amor na sua vida. Então eu o animei a seguir em frente, da mesma forma que ele fez comigo.

"Você gosta dela?" eu costumava perguntar ansiosamente após um encontro. "Vai sair com ela de novo?"

"Eu não sei. Ela é simpática, mas só saímos juntos duas vezes e ela está me perguntando se eu quero acompanhá-la no bar mitzvah do sobrinho. Já que estamos falando do assunto, não é hora de você começar a sair de novo?"

"Eu não estou pronta."

"Ela não está pronta." Ele balançou a cabeça. "Você é uma moça bonita e inteligente. Saia de casa. Porque se não o fizer, se torna uma espécie de síndrome, você não acha?"

"Uma síndrome?" Aquilo me lembrou da vez em que ele me disse que se não limpasse a cama do gato, os gases me deixariam cega.

"Como uma obsessão", ele disse. "É hora."

"Vou pensar a respeito."

Mas o fato de não estar pronta não impediu amigas bem-intencionadas e parentes de tentarem arrumar algo para mim. Um dia minha irmã me telefonou após deixar o filho no campo de tênis para me dizer que tinha uma boa notícia: o irmão de uma amiga trabalhava com um sujeito cuja esposa conhecia alguém que disse estar disposto a sair em um encontro às escuras comigo. Não era ótimo?

"Tudo bem", eu disse. "Eu vou."

"Sério?"

"Sim. Como quiser."

Quando depois visitei meu pai, ele olhou para mim, radiante, até não conseguir conter mais. "Sua irmã me disse que você tem um encontro", ele disse.

"As notícias correm depressa", eu disse. "Sim. Na próxima segunda."

"A Águia pousou!"

"Pai, é só um jantar."

"Você não vê?", disse ele. "Um encontro leva a outro e mais outro."

Ele supôs que por ser perseguido por hordas de bons partidos, eu seria perseguida por hordas de bons partidos.

Mas as hordas continuaram apenas em busca dele. Não muito depois, ele e eu fomos a uma palestra dada em um centro comunitário no Upper East Side. A grande e lenta multidão era composta principalmente de homens e mulheres usando blusas de lã em uma temperatura de 27º C. Para o público de mais de 65 anos, aquilo era equivalente a Woodstock. E apesar de não haver amor livre, havia comida de graça, o que provocou um congestionamento na saída por pessoas colocando sanduíches em suas bolsas e tomando o suco de uva gratuito. Nós não tínhamos como nos mover quando ouvimos alguém gritar "Murray!" do outro lado do salão.

Nós nos voltamos para ver uma senhora idosa vindo em nossa direção - cada passo seguido por uma breve, mas clara, pausa. Ela vestia um casaco vermelho elegante com detalhes dourados e tinha pernas tão finas que pareciam cabos de vassoura espetados nos sapatos Ferragamo com bico de camurça.

"Oi, Murray", disse ela com voz rouca. Pela forma como ela estava se esforçando para manter a compostura, eu pude perceber que ela tinha saído com meu pai e que ele nunca telefonou de novo para ela. Eu conhecia aquele olhar, o olhar que dizia: "Estou arrasada, mas vou fingir não me importar que você não me quis".

Enquanto ela olhava para ele, implorando com os olhos, eu percebi que ela torcia para que ele lhe desse uma nova oportunidade.

Meu pai a chamou pelo nome, mas pela forma como disse - de forma afetuosa, mas sem paixão - eu soube que ela não tinha nenhuma chance.

Eu senti pena dela. Ela fez todas as coisas certas, se casou com a pessoa certa, tudo para que isto nunca acontecesse. E apesar da diferença de 40 anos entre aquela mulher e eu, a biologia nos deixou igualmente vulneráveis. Ele a deixou viúva, como a muitas mulheres da idade dela, e me deixou ansiosa para encontrar alguém, já que espero ter um bebê nos próximos poucos anos. Eu presumi que na adolescência ela pensou, da mesma forma que eu, que ela tinha uma vantagem. E agora estávamos reduzidas a isto, com medo e desnorteadas, sem saber se culpávamos as estrelas ou a nós mesmas.

"Ela parecia ser simpática", eu disse enquanto saíamos. "Tem certeza que não deseja sair com ela de novo?"

"Amy, ela é uma pessoa adorável, mas não para mim."

"Eu acho que você devia lhe dar uma chance", eu disse e, ao fazê-lo, percebi que esperava, de alguma forma mágica, que se pudesse persuadi-lo a lhe dar outra chance, eu também poderia ter uma. O simples pensar nisto me deixou irritada com meu pai.

"Você só se importa com aparência", eu disse.

Ele deu de ombros. "Ei, eu não escolhi isto. Eu preferia ter sua mãe. Você não quer que eu fique sozinho pelo resto da minha vida. Quer?" Eu não queria.

Mas também não queria que ficássemos sozinhos pelo restante de nossas vidas. Mas as coisas pareciam consideravelmente mais promissoras para ele do que para mim. Entre meus recentes encontros estava um sujeito que me disse: "Não faço sexo há seis semanas e isto está me deixando agitado", um homem que fingia ser cego para poder levar seu cachorro no metrô e um banqueiro de investimento que me perguntou no jantar com quantos homens eu já tinha dormido e se eu tinha um vibrador.

Pelo menos eu ainda tinha meu pai. Ou era o que eu pensava. Até um telefonema da minha irmã, que, após pedir desculpas por ter dado meu telefone para um sujeito sem me consultar, me perguntou sem rodeios: "O que você acha da namorada do papai?"

Eu engoli seco. "A namorada dele?" Eu sabia que cedo ou tarde isto ocorreria, mas me senti repentinamente abandonada, como se ele tivesse se mudado sem deixar o novo endereço.

"Ele não contou que tem uma namorada?" perguntou minha irmã. "Vocês passam tanto tempo juntos."

"Sim, ele me disse que saiu algumas vezes com uma mulher em especial. Mas não, ele não a chamou de namorada." Eu disse isto com uma casualidade acentuada, mas na verdade eu estava magoada. Por que ele não me confidenciou?

Minha irmã fez um som, não bem uma gargalhada. "É tão engraçado. Desde sua grande separação, ele costuma me dizer: 'Eu espero que a Amy encontre alguém primeiro. Eu espero que a Amy encontre alguém primeiro'. Talvez seja por isso que ele não tenha lhe contado."

"Talvez", eu disse.

No dia seguinte eu encontrei meu pai na Saks para ajudá-lo a comprar um novo terno.

"Qual é o problema?" ele perguntou. "Você parece incomodada com algo."

Minha mente estava à toda. "Nada."

Tentando puxar conversa, eu lhe disse sobre o sujeito que me perguntou se eu tinha um vibrador. "Eu disse que se ele quisesse tanto um vibrador devia ter o seu próprio."

"Bem, eu acho que você devia ter se levantado, agarrado o sujeito pelo casaco e ter dito: 'Você pode conversar com outras mulheres jovens desta forma, mas não gosto deste tipo de comportamento. Boa noite, senhor!'"

Aparentemente meu pai pensou que meu encontro tinha ocorrido em 1953.

"O que estou dizendo", ele prosseguiu, "é que você não pode deixar isto acontecer porque precisa de alguém que seja bom para você e cuide de você. As coisas não foram fáceis para você ultimamente. Mas lembre, qualquer jovem seria muito afortunado em ter você. Nunca se esqueça disto, ok?"

"Ok", eu disse. Mas não conseguia tirar a idéia da nova namorada dele da minha cabeça.

Antes de morrer, minha mãe me disse que queria que eu tratasse bem quem quer que meu pai trouxesse para nossa família. Ela mal sabia que em sua ausência meu pai e eu encontraríamos um ao outro. Apesar de me sentir afortunada pelo nosso novo relacionamento, eu também me senti culpada por termos nos aproximado apenas por causa da morte dela. Então me ocorreu que também fosse como meu pai se sentia em relação a encontrar alguém primeiro: afortunado, mas com sentimento de culpa.

Eu queria lhe dizer que estava tudo bem, que não tinha que se preocupar comigo ou se sentir culpado, que talvez algum dia eu encontraria alguém ou não. A questão era que estava feliz por ele, independente de podermos ou não manter o que tínhamos. E como se mostrou, meu pai conseguiu ficar ao lado de nós duas, sua nova namorada e eu. Agora, anos depois, ela e eu trocamos receitas de bolo.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/06/17/ult574u7525.jhtm

sexta-feira, 11 de março de 2011

Saber viver

Tudo chega a tempo àqueles que sabem viver.
Viver significa engrenar no ritmo do amor que pulsa em teu ser, deixando-te levar pelas águas mansas que a tudo banham com sua compreensão, fidelidade e quietude.
A cada dia aprendes algo que contigo fica, consciente ou não, a iluminar teus passos rumo a tua verdade, a tua evolução espiritual.
Dá oportunidade para que este dia te traga
o que precisas aprender,
o que precisas provar e sentir.
Dá oportunidade para que estejas no lugar certo e na hora exata quando a ti chegar a brisa que te revelará frente a ti mesmo.
Viver significa crescer, construir!
Cada passo, cada palavra, cada ato
produz um efeito.
Aprende a dar amor, a dar alegria,
a dar compreensão, e teus dias
espelharão a tua fronte doce e risonha,
trazendo-te o que necessitas para estar tranqüilo e fluindo no mais profundo amor.

Do site www.paz.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

Recados para Orkut
Quarta-feira de Cinzas

Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Sinônimo de "conversão", é assim mesmo a palavra "penitência" …

Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.

Tradição

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.

Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.

Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.

Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma desde a segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.
 
Fonte: http://www.recadosonline.com/quarta-feira-de-cinzas.html

terça-feira, 8 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

A ARTE DE ENVELHECER

Conta um jovem universitário que, no seu primeiro dia de aula, o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que não conheciam ainda.
Ele ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente no ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.
Ela lhe falou sorrindo: “Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço?”
O moço riu e respondeu com entusiasmo: “Claro que pode!”
Ela lhe deu um abraço muito forte.
“Por que a senhora está na Universidade, numa idade tão jovem, tão inocente?” perguntou-lhe o rapaz.
Rindo, ela respondeu: “Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me aposentar e viajar.”
“Eu falo sério”, disse seu jovem colega. “Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade.”
Rose respondeu gentil: “Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter.”
Depois da aula, ambos caminharam juntos, por longo tempo, e se tornaram bons amigos.
Todos os dias, durante os três meses seguintes, saíam juntos da classe e conversavam sem parar.
O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.
Durante o curso, Rose se fez muito popular na Universidade. Fazia amizades onde quer que fosse.
Gostava de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.
Ao término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia, ela deu a todos uma lição inesquecível.
Logo que a apresentaram, ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos.
Frustrada e um pouco envergonhada, se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
”Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem. Assim, permitam-me simplesmente dizer-lhes o que sei.”
Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou:
“Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.
Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.
Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.
Temos que ter um ideal.
Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
Há tantas pessoas caminhando por aí, que estão mortas, e nem sequer sabem!
Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo, se converterão em pessoas de vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos.
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer, encontrando sempre a oportunidade na mudança.
Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos, mas do que não fizemos.
E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso.”
Terminou seu discurso cantando “A rosa”. Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas.
Rose terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente, enquanto dormia.
Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres, para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.
* * *
O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferecem.
Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.
Pense nisso!

Texto da Redação do Momento Espírita, baseado em história de autor ignorado.

sexta-feira, 4 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS
de Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.
‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa…
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!


terça-feira, 1 de março de 2011

Apaixone-se pela ideia de ser feliz!


Existe felicidade de sobra guardada em nossos recursos interiores.
Porém é necessário nos conscientizarmos que temos tudo para nos sentirmos felizes. Para isso, basta pararmos por alguns minutos e fazermos uma avaliação de nossas vidas. Uma atitude importante para encontrar a felicidade é, ao acordar, elevar os olhos para o céu e durante alguns instantes meditar "CONTANDO AS SUAS BENÇÃOS"; ao abrir os lembre-se das milhares de pessoas que deixaram essa vida e não estão mais entre nós;agradeça por estar saudável enquanto muitos estão internados em hospitais pelo mundo afora;agradeça a saúde de seus entes queridos que abrirão também seus olhos para o dia de hoje, enquanto muitos perderam parentes, amigos ou estão gravemente doentes; agradeça, também, a água, o alimento, o teto sobre sua cabeça;Enfim, se deseja prosperidade, abundância e felicidade, deve ter seu coração cheio de gratidão, pois somente agradecendo verdadeiramente o que tem receberá mais.

Essa é a fonte de toda riqueza: um coração agradecido pelas bênçãos diárias. Lembre-se sempre que: "Gratidão gera gratidão".

Viver apaixonado pela vida e agradecido por tudo que dela faz parte é uma atitude inteligente e eficaz na conquista da felicidade verdadeira e duradoura.

Viva apaixonado! Apaixone-se por si mesmo e por cada detalhe que faz de sua vida uma experiência única e individual.

Apaixone-se mais pela viagem do que pelo destino.

Paz e Luz em seu coração!
(Luz da Serra/Aparecida Santos)

Mensagem do COMANDO ESTELAR