sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Reencontros

Ao longo do meu trabalho como terapeuta, aprendi muita coisa com as pessoas e com suas histórias e tirei do conceito importantes ensinamentos como a lei do Karma. Quando me deparei logo na juventude com ensinamentos sobre o karma, a princípio fiquei muito satisfeita porque fazia muito sentido pensar que havia uma Lei Maior regendo o mundo e as milhares de experiências humanas. O karma explicava o porquê de nascermos numa família pobre ou rica, explicava porque de relações complicadas entre familiares, falava de resgates e de aprendizados relacionados ao perdão etc. Mas chegou um momento de inquietação quando fiquei mais velha e esses grandes conceitos e idéias tiveram que ser praticados, e muitas vezes vividos por mim. Devo confessar que algumas questões e aprendizados vieram bem a contra-gosto.
Jovem, apaixonada, eu não queria ouvir falar que a minha relação amorosa era kármica, que aquele rapaz era um resgate. Queria apenas imaginar que seria feliz para sempre. Aliás, olhava para fora, para as outras pessoas e deduzia que suas histórias, que seus relacionamentos eram perfeitos. Assim, nada mais natural que tudo desse certo na minha vida.
Certo? Errado porque estava olhando as situações de fora para dentro. Estava julgando pelas aparências e tirando conclusões apenas por uma visão limitada. Enquanto que vivendo minha própria história me via cheia de desafios, de confronto com as pessoas, de relações sem entendimento. E é claro, sofrendo muito, e foi nessa época que comecei a questionar o karma. Queria entender se tinha o direito de mudar alguma coisa, se podia desistir de um casamento kármico, se poderia fazer minha vida ser diferente. Porque não queria aceitar o sofrimento como uma sentença imutável.
Quando, finalmente, deparei-me com a Terapia de Vidas Passadas e me envolvi no processo, a visão se abriu. Comecei a entender que podemos mudar que, na verdade, encarnamos para evoluir, e evoluir significa fazer novas escolhas frente a velhos desafios.
Sempre explico para meus clientes que é natural reencontrar pessoas do nosso passado e sentir por elas uma grande atração. Sentimentos profundos de que já conhecemos a pessoa, e que temos muitas afinidades, mas ninguém está na vida de ninguém ao acaso. Se encontramos alguém é para dividir, compartilhar, evoluir e crescer. Aprendi também que podemos, sim, fazer a vida em comum dar certo, mas que isso vai depender de atitudes amorosas, compreensivas e ao mesmo tempo fortes e decididas. Quando encontramos alguém, encontramos também suas histórias, sua criação e limites impostos nessa vida. Para o amor dar certo, precisamos que o outro também colabore e nos ajude a crescer.
Os encontros são kármicos, porém, as escolhas e posturas do momento atual são fundamentais na conquista da felicidade em comum. Às vezes, uma separação também é um final feliz, e uma forma de viver o amor de uma outra maneira. 
Para o Amor dar certo depende de nós, de nos abrirmos, do quanto nos dispomos a nos transformar.
Maria Silvia Orlovas  é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.   

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Dieta da Alma
Cada dia cresce mais em mais a preocupação e os cuidados com o corpo.
Não faltam dietas, quer para emagrecer, engordar, manter o peso, controlar o colesterol, etc.
Todas têm um caminho certo: cuidar do organismo através do do controle da alimentação, para uma vida mais saudável.
Conquanto todo esse esforço da dietoterapia e das academias seja louvável e necessário, não obstante, eu pergunto:  quem vai cuidar da alma?
Qual a dieta que elimina as "toxinas" de nosso interior e o excesso de "gordura" de nossas emoções?
Na lógica das dietas alimentares, sem corte de tudo que é prejudicial para o organismo, seja para o excesso e ou contaminação, não são possíveis saúde e bem estar.
Partindo desta lógica, eu gostaria de prescrever uma dieta para a alma, a base de cortes radicais que somente serão possíveis através de uma grande força de vontade.
Esta força de vontade deve emergir da própria alma e será produzida pela certeza de que é preciso ser feliz.
Minha dieta está baseada na eliminação de cinco sentimentos que, enquanto estiverem em nós,
produzem uma espécie de "lixo" interior: orgulho-inveja- amargura- vingança- ódio.
Toda pessoa orgulhosa é doente e não se dá conta disso.
O orgulho, via de regra, conduz ao isolamento social e se fundamenta numa grande ilusão, a de
querer ser aquilo que se é.
Todo orgulhoso termina a vida frustrado e só.
Eliminando o orgulho, você libera outros sentimentos que tornarão sua vida
bem melhor.
A inveja é sempre um atestado de incompetência, além de ser probeza de espírito. É também a
revelação de um péssimo cárater.
O invejoso tem um sorriso falso, tem uma mente doente e geralmente contamina outras pessoas, destruindo amizades e relacionamentos.
É bom a gente ver também o sucesso dos outros e ajudá-los em suas conquistas pois nesse mundo de Deus, há espaço para todos.
O invejoso é um fraco.
Toda pessoa amargurada vive sempre com a alma sangrando por dentro, gotejando lágrimas de um eterno sofrer.
A amargura, quando cria raízes no coração, produz o ressentimento, o desencantamento
da vida, a tristeza contínua que logo é refletida através de um olhar distante e sem brilho, pelo sorriso vazio ou pelo coração fechado para o amor.
Quantas pessoas há que não conseguem mais sorrir, perderam completamente
a alegria de viver!
Como é possível viver feliz com amargura no coração?
Na vida nada é melhor que um dia atrás do outro.
Por isso mesmo evite ser uma pessoa de espírito vingativo, pois a vingança é a arma dos fracos, dos que não têm Deus no coração.
A vida dá sempre muitas voltas e deixe que ela mesma se encarregará de esclarecer muitas coisas e, por mais difícil que seja, abençoe sempre os que lhe desejam
o mal.
Aprender a abençoar é também aprender a ser livre.
Por último, não permita jamais que o ódio se instale dentro de você.
Ele é uma espécie de tumor maligno em nossa afetividade e poderá um dia evoluir para um grande tumor maligno em nosso corpo.
Ele é irracional, prejudicial e desnecessário.
O ódio é sempre a negação do amor e falta do amor revela a ausência de Deus.
Quem odeia, não perdoa, e quem não perdoa vive intranquilo, sem paz e cheio de remorso.
O ódio é o câncer da alma!
A vida é um dom de Deus.
Viver bem é uma necessidade e também um desafio.
Cuide de seu corpo, elimine tudo que lhe faz mal, mas cuide também de sua vida interior eliminando as "toxinas" e as "gorduras" da alma; elas adoecem as emoções, deformam a estética de nossa interioridade e produzem muitos males ao longo da vida.
"Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa forma, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja
isso que ocupe o vosso pensamento".

(Filipenses 4: 8).
(desconheço autoria).

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Infusão de Luz
por Mashubi Rochel
***
Uma infusão de luz espiritual mais profunda está ocorrendo agora, fortalecendo o relacionamento entre a terceira dimensão, a realidade fisicamente manifesta e os reinos da luz. Isto está criando inúmeras experiências novas para os indivíduos e para os grupos.
- Há uma mudança de nível acontecendo para alguns cujos corpos foram preparados para receber as dimensões superiores da luz espiritual. Isto está causando sintomas temporários, tais como desorientação, torpor, formigamentos, sintomas tais como: inchaço, dores nas articulações, dores nevrálgicas, e estranhas manifestações na pele, tais como erupções de pele, inflamações e marcas na pele que não respondem aos tratamentos médicos convencionais.
- Há uma crescente interpenetração entre os reinos do espírito e os reinos da Terra física. Alguns estão tendo experiências crescentes de fenômenos intuitivos, clarividência, pré-cognição e sonhos intensamente significativos.
- Relacionamentos espirituais estão se movendo para maior amor, luz, verdade e visibilidade. Todos os relacionamentos são relacionamentos espirituais, e mais estão chegando a compreender isto.
- A vibração da Terra física está mudando, o que está criando uma série mais significativa de rupturas do tempo, enquanto os corpos de energia da Terra se ajustam às freqüências de dimensões mais elevadas que estão sendo estabelecidas dentro dela.
- O processo de purificação na Terra está alcançando um estágio mais crítico que verá manifestações de separação das energias da luz, das energias da escuridão. Este poderia ser um tempo desafiador, pois as energias da escuridão são expostas e liberadas de modos mais dramáticos, entretanto, é importante lembrar que a Luz divina é a força mais poderosa na Terra, e até muito mais poderosa do que estas energias mais difíceis que estão sendo expressas e liberadas.
Amados, a Unidade de Deus os está chamando e os alcançando. Retornem com o seu desejo, seu amor e a sua ânsia de serem Unos com o seu Ser verdadeiro e com Tudo O Que É. Entreguem-se e fluam, permitindo que a vida de Deus os conduza ao Lar, ao seu coração divino e a tudo o que vocês mais almejam. Com todo o amor e bênçãos, Amem.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pés Molhados
É comum ouvir-se alguém falar que não resistiu a uma tentação.
Como a Terra não é habitada por anjos, a fragilidade humana não deve causar espanto.
Ela se revela de modo diverso em cada um e depende essencialmente da sua história espiritual.
Conforme se comportou ao longo de suas existências, o homem tem seus pontos fortes e fracos.
Quem se permitiu leviandades na área sexual, é frágil em relação a ela.
Já o que viveu de forma desonesta tem dificuldades quanto ao dinheiro.
Isso se repete nos mais variados setores.
À medida que vence suas imperfeições, o homem se liberta.
Já não precisa lutar contra si mesmo.
Ele vive com dignidade de forma natural.
Contudo, enquanto está em processo de libertação, necessita orar e vigiar.
Orar implica conectar-se com as forças superiores que regem a vida, a fim de receber orientação e apoio.
Trata-se de um gesto de humildade e que viabiliza o autoconhecimento.
Humildade, pois a oração não é um ato entre iguais.
Justamente por isso não pressupõe trocas infantis.
Deus não necessita de nada, em Sua perfeição.
Já os homens muito ganham em buscá-lO e em seguir os caminhos que Ele sinaliza.
Ao relatar ao Pai Celestial suas dificuldades, suas dores e anseios, o homem atento passa a se conhecer melhor.
Consegue identificar o que lhe causa dor, o que o tenta a agir de modo indigno.
Com base nesse conhecimento de si mesmo, pode vigiar melhor.
Quanto à vigilância, constitui uma atenção toda especial para se manter longe de encrencas.
Cada um sabe em quê residem suas tentações.
Se está realmente decidido a viver com retidão, deve manter-se longe delas.
Constitui tolice achar que pode testar seus limites, de modo indefinido, sem consequências nefastas.
Ainda que atos negativos não sejam efetivados, sempre se perde um pouco de paz ao se manter próximo do que deve ser evitado.
Basicamente, aquele que não deseja molhar os pés faz bem em se manter longe da torrente de água.
A tentação de se aproximar cada vez mais pode ser perigosa.
De repente, em um falso movimento, eis que os pés jazem molhados.
Assim, quem tem dificuldade para ser fiel no matrimônio, não deve lançar olhares e sorrisos à sua volta.
Um flerte que se imagina inocente pode se transformar numa tragédia.
Também o apaixonado por dinheiro e bens materiais não deve nem refletir sobre vantagens indevidas.
Após dar o primeiro passo em direção ao objeto proibido, pode ser difícil retroceder.
Ao longo do tempo, a resistência disciplinada converte-se em espontaneidade.
É quando as tentações perdem a força e os desejos doentios desaparecem.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 04.08.2011.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011


O Silêncio
Paulo Roberto Gaefke

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos.
Aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua.
Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores...
Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.
Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo... Complete a sua tarefa.
Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu.
Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças,
na briga mais acalorada, na discussão entre familiares.
Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo e o santuário que é a sua vida.
Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar.
E em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que VOCÊ É ESPECIAL.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O ciclo dos sete anos

  "A vida tem círculos de sete anos, ela se move em círculos de sete anos exatamente como a terra faz uma rotação em seu eixo em vinte e quatro horas. Ninguém sabe porque não são nem vinte e cinco nem vinte e três horas. Não há nenhum jeito de se responder isso. É simplesmente um fato. Assim, não me pergunte porque a vida se move em círculos de sete anos. Eu não sei. O máximo que eu sei é que ela se move em círculos de sete anos. E se você compreender esses círculos de sete anos, você compreenderá uma grande coisa sobre o crescimento humano.

Os primeiros sete anos são os mais importantes porque os alicerces da vida estão sendo assentados. É por isso que todas as religiões estão muito preocupadas em agarrar as crianças o mais rápido possível. Os judeus circuncidam as crianças. Que bobagem! Mas eles estão carimbando a criança como uma judia. Essa é uma maneira primitiva de carimbar. Ainda se faz isso com o gado aqui nas redondezas.
Aqueles primeiros sete anos são os anos em que você é condicionado, é preenchido com todos os tipos de idéias que irão atormentá-lo ao longo de toda a sua vida, que irão distraí-lo de sua potencialidade, que irão corrompê-lo, que nunca irão lhe permitir ver claramente. Elas sempre virão como nuvens diante de seus olhos e irão fazer com que tudo fique confuso. As coisas são claras, muito claras. A existência é absolutamente clara. Mas os seus olhos têm camadas e mais camadas de poeira.
E toda essa poeira foi arranjada nos primeiros sete anos de sua vida, quando você era tão inocente, tão confiante, que qualquer coisa que lhe fosse dita você aceitava como sendo verdadeira. E mais tarde, será muito difícil você descobrir tudo aquilo que entrou em seus alicerces. Terá se tornado quase parte de seu sangue, ossos, de sua própria medula. Você perguntará mil outras questões, mas você nunca perguntará a respeito dos alicerces básicos de suas crenças.
A primeira expressão de amor para com a criança é deixá-la absolutamente inocente em seus primeiros sete anos, sem condicionamento, deixá-la por sete anos completamente selvagem, uma pagã. Ela não deveria ser convertida ao hinduismo, ao islamismo, ao cristianismo. Qualquer um que esteja tentando converter a criança, não tem compaixão, é cruel, está contaminando a própria alma de um viçoso recém-chegado. Antes mesmo que a criança tenha formulado perguntas, ela já terá recebido respostas com filosofias , dogmas e ideologias pré-fabricadas. Essa é uma situação muito estranha. A criança não perguntou a respeito de Deus e você já está lhe ensinando. Por que tanta impaciência? Espere!
Se algum dia a criança demonstrar interesse por Deus e começar a perguntar a respeito, então tente dizer a ela não apenas a sua idéia sobre Deus, porque ninguém tem qualquer monopólio. Coloque diante dela todas as idéias de Deus que estiveram presentes em diferentes povos, em épocas diferentes, por religiões, culturas e civilizações diferentes. E lhe diga: 'Você pode escolher dentre essas aquela que mais lhe atrai. Ou você pode inventar a sua própria, se nenhuma estiver adequada. Se todas lhe parecerem defeituosas, e você achar que pode ter uma idéia melhor, então invente a sua própria. Ou se você achar que não há jeito de inventar uma idéia sem falhas, então abandone toda essa história, ela não é necessária. Um homem pode viver sem Deus.'
Não há qualquer necessidade de que o filho tenha que concordar com o pai. Na verdade parece muito melhor que ele não tenha que concordar. É assim que a evolução acontece. Se toda criança concordar com o pai, então não haverá qualquer evolução, porque o pai terá concordado com seu próprio pai, e todo mundo estará no ponto em que Deus deixou Adão e Eva: nus e expulsos do jardim do Éden. Todo mundo estará lá. O homem tem evoluído porque os filhos têm discordado de seus pais, dos pais de seus pais e de todas as tradições. Toda essa evolução é uma tremenda divergência com o passado. Quanto mais inteligente você for, mais você irá discordar. Mas os pais valorizam as crianças que concordam e condenam as que discordam.
Até os sete anos, se a criança puder ser deixada inocente, não corrompida pelas idéias dos outros, assim tornar-se-á impossível distraí-la de seu crescimento potencial.Os primeiros sete anos da criança são os mais vulneráveis. E elas estão nas mãos dos pais, dos professores, dos padres....     
Como defender as crianças dos pais, dos padres e dos professores é uma questão de tamanha proporção que parece quase impossível de se fazer. Não é uma questão de ajudar a criança. A questão é proteger a criança. Se você tiver uma criança, proteja-a de si mesmo. Proteja a criança dos outros que possam influenciá-la, pelo menos até os sete anos, proteja-a. A criança é como uma pequena plantinha, fraca e suave. Um simples vento forte pode destruí-la, qualquer animal pode comê-la. Você põe um fio protetor ao redor dela, mas não a aprisiona, você está simplesmente protegendo-a.Quando a planta estiver maior, o fio será removido.
Proteja a criança de todo tipo de influência de modo que ela possa permanecer ela mesma. E isso é só uma questão de sete anos, porque então o primeiro círculo estará completo. Aos sete anos ele estará bem enraizado, centrado, forte o suficiente. Você não sabe o quanto uma criança de sete anos pode ser forte porque você só tem visto crianças corrompidas. Elas carregam os medos e a covardia de seus pais, mães e familiares. Elas não são elas mesmas.
Se uma criança permanecer sem ser corrompida por sete anos... Você ficará surpreso ao encontrar tal criança. Ela será tão afiada como uma espada. Seus olhos serão claros, seus insights serão claros. E você verá nela uma tremenda força que você não poderá encontrar nem mesmo num adulto de setenta anos.
Se você é um pai (ou mãe), você precisará muito dessa coragem para não interferir. Abra portas para direções desconhecidas de modo que a criança possa explorá-las. Ela não conhece o que ela tem dentro dela, ninguém sabe. Ela terá que tatear no escuro. Não faça com que ela tenha medo do escuro, não faça com que ela tenha medo do fracasso, não faça com que ela tenha medo do desconhecido. Dê a ela suporte. Quando ela estiver indo para uma jornada desconhecida, ofereça a ela todo o seu suporte, com todo o seu amor, com todas as suas bênçãos.
Não deixe que ela seja afetada pelos seus medos. Você pode ter medos, mas mantenha-os consigo mesmo. Não descarregue esses medos em cima da criança, porque isso será interferência.

Depois dos sete anos, no próximo círculo de sete anos, dos sete aos quatorze, algo novo é acrescentado à vida: os primeiros alvoroços da energia sexual da criança. Mas elas são apenas uma espécie de ensaio.
Ser pai é uma tarefa difícil. Assim, a não ser que você esteja pronto para assumir tal tarefa difícil, não se torne um pai. As pessoas simplesmente seguem se tornando pais e mães sem saber o que estão fazendo. Você está trazendo uma vida à existência e todo o cuidado do mundo será necessário.
Agora, quando a criança começa a brincar com seus ensaios sexuais, é o tempo em que os pais mais interferem, porque foi assim que fizeram com eles. Tudo o que eles sabem é o que foi feito com eles, assim eles seguem fazendo o mesmo com as suas crianças. As sociedades não permitem ensaio sexual, pelo menos não permitiram até o século XX, exceto nas duas e três últimas décadas em alguns países muito avançados. Agora já existem escolas mistas para as crianças, mas em um país como a Índia, mesmo agora, a educação mista começa a surgir apenas no nível universitário.
O menino de sete anos e a menina de sete anos não podem estar no mesmo internato. E este é o momento para eles, sem qualquer risco, sem perigo de gravidez, sem que quaisquer problemas surjam para suas famílias; este é o momento em que lhes deveriam ser permitidas todas as brincadeiras.
Sim, isso terá uma conotação sexual, mas será só um ensaio, não se trata de um drama teatral verdadeiro. E se você não permitir a eles nem mesmo esse ensaio, de repente então, um dia a cortina se abrirá e o verdadeiro drama começará... E eles não saberão o que está acontecendo e não haverá nem mesmo aquela pessoa escondida no palco para lhes soprar o que devem fazer. Você terá bagunçado a vida deles completamente.
Esses sete anos, o segundo círculo da vida, são significantes como um ensaio. Eles se encontrarão, se misturarão, brincarão e se conhecerão. E isso ajudará à humanidade a se livrar de quase noventa por cento das perversões. Se às crianças dos sete aos quatorze for permitido estarem juntas, nadarem juntas, estarem nuas juntas, noventa por cento das perversões e noventa por cento das pornografias irão simplesmente desaparecer. Quem irá dar atenção a essas coisas?
Quando um garoto conheceu tantas garotas nuas, que interesse uma revista tipo Playboy poderá ter para ele? Quando uma garota tiver visto tantos garotos nus, eu não vejo qualquer possibilidade de existir curiosidade a respeito do outro. Isso simplesmente desaparecerá. Eles irão crescer juntos naturalmente, não como duas espécies diferentes de animais. É assim que eles crescem agora, como duas espécies diferentes de animais. Eles não pertencem à mesma espécie humana, eles são mantidos separados. Mil e uma barreiras são criadas entre eles, e não lhes permitem qualquer ensaio de sua vida sexual que está chegando...
Se você tiver feito o dever de casa direitinho, se você tiver brincado com sua energia sexual exatamente com o espírito de um desportista (e naquela idade este é o único espírito que você poderia ter), você não se tornará um pervertido, um homossexual. Todo tipo de coisas estranhas não virão à sua cabeça, porque você está se movendo naturalmente com o outro sexo e o outro sexo está se movendo com você. Não haverá qualquer bloqueio e você não estará fazendo nada errado com quem quer que seja. Sua consciência estará clara porque ninguém pôs nela idéias do que é certo e do que é errado.
Você simplesmente está sendo o que você é.

Dos quatorze aos vinte e um o seu sexo amadurece. E isso é significante para se entender: se o ensaio tiver sido bom no período dos sete aos quatorze quando o sexo amadurece, acontece uma coisa muito estranha que você nem mesmo deve ter pensado a respeito, porque não lhe foi dada a oportunidade. Eu disse a você que o segundo círculo de sete anos, dos sete aos quatorze, deu a você um vislumbre de antes da peça teatral. O terceiro círculo de sete anos da a você um vislumbre do que vem depois.Você está ainda com garotas ou garotos, mas agora uma nova fase começa em seu ser: você começa a se apaixonar.
Não é ainda um interesse biológico. Você não está interessado em procriar, você não está interessado em se tornar marido ou esposa. Esses são os anos dos jogos românticos. Você está mais interessado na beleza, no amor, na poesia, na escultura, que são fases diferentes de romantismo.

Dos vinte e um aos vinte e oito é um tempo em que eles podem se acertar. Eles podem escolher um companheiro. E eles são capazes de escolher agora, através de toda a experiência dos dois círculos passados eles podem escolher o companheiro certo. Não há mais ninguém que possa fazer isso por você. Isso é algo como um pressentimento. Nenhuma aritmética, nenhuma astrologia, nenhuma quiromancia, nenhum I-Ching poderão fazer isso.

Isso é um pressentimento: entrando em contato com muitas, muitas pessoas, de repente alguma coisa dá um clique que nunca deu com qualquer outra pessoa. E isso clica com tanta certeza e tão absolutamente, que você não pode nem mesmo duvidar. Mesmo se você tentar duvidar, você não conseguirá. A certeza é tão tremenda. Com esse clique vocês se acertam.

Entre os vinte e um e os vinte e oito, em algum lugar, se tudo correr bem do jeito que eu estou dizendo, sem interferência de outros, então vocês se acertam. E o período mais agradável da vida vem dos vinte e oito aos trinta e cinco: o mais alegre, o mais pacífico e harmonioso, porque duas pessoas começam a se derreter e a se fundir uma com a outra.

Dos trinta e cinco aos quarenta e dois, um novo passo, uma nova porta se abre. Se até os trinta e cinco você sentiu profunda harmonia, uma sensação orgástica e tiver descoberto a meditação através disso, então, dos trinta e cinco aos quarenta e dois vocês ajudarão um ao outro a ir mais e mais fundo na meditação sem sexo, porque o sexo neste ponto começa a parecer infantil, juvenil. Quarenta e dois anos é o tempo certo quando a pessoa deveria ser capaz de saber exatamente quem ela é.

Dos quarenta e dois aos quarenta e nove ela vai mais fundo e mais fundo na meditação, mais e mais para dentro de si mesmo, e ajuda o companheiro no mesmo caminho. Eles se tornam amigos. Não mais existe marido e não mais existe esposa. Esse tempo já passou. Isso já deu a sua riqueza para a sua vida. Agora existe alguma coisa mais alta, mais alta que o amor. Isso é amizade, um relacionamento de compaixão para ajudar o outro a ir mais fundo dentro de si mesmo, a se tornar mais independente, a se tornar mais só, como duas árvores altas, separadas mas ainda próximas uma da outra, ou dois pilares num templo suportando o mesmo teto, estando tão próximos e tão separados, tão independentes e tão sós.

Dos quarenta e nove aos cinqüenta e seis essa solitude se torna o foco de seu ser. Tudo no mundo perde o significado. A única coisa significante que permanece é essa solitude.

Dos cinqüenta e seis aos sessenta e três você se torna totalmente o que você está para ser: o florescimento potencial.

Dos sessenta e três aos setenta você começa a ficar pronto para deixar o corpo. Agora você sabe que não é o corpo, você sabe que também não é a mente. O corpo era conhecido como separado de você em algum lugar quando você tinha trinta e cinco anos. Que a mente está separada de você foi conhecido em algum lugar quando você tinha quarenta e nove anos. Agora, tudo mais foi deixado de lado exceto a auto observação. Só a pura consciência, a chama da consciência permanece com você, e isso é a preparação para a morte.

Setenta é a duração de vida natural para o homem. E se as coisas se moverem em seu curso natural, então ele morre com tremenda alegria, em grande êxtase, sentindo-se imensamente abençoado porque a sua vida não foi sem significado e que, pelo menos, ele encontrou o seu lar. E por causa dessa riqueza, dessa realização, ele é capaz de abençoar toda a existência. Só por estar perto de tal pessoa, quando ela está morrendo, é uma grande oportunidade. Você sentirá, na medida em que ele deixa o corpo, algumas flores invisíveis caindo sobre você. Embora você não possa vê-las, você poderá senti-las."

OSHO - From Darkness to Light
tradução: Sw.Bodhi Champak

domingo, 7 de agosto de 2011

Viver é Uma Grande Bênção!

Trago hoje uma técnica de defesa contra possíveis influências energéticas. Pratique-a todas as noites ou quando surgirem situações difíceis. Vamos lá? Feche os olhos e imagine que o astral é algo escuro que fica logo atrás e acima de você. Vamos mandar tudo o que é do astral para o astral. Você pode até perguntar: “Mas, Gasparetto, não sei o que é astral!”. Não importa: o seu corpo sabe e vai mandar embora só o que tem que sair. Se você propuser isso, ele vai fazê-lo.

Imagine agora a energia vindo debaixo da terra, passando pelo seu corpo e sendo jogada para esse escuro. Para que esse caminho da energia seja realizado rapidamente, use a respiração: inspire profundamente e expire rapidamente. Dá até uns arrepios…

Concentrada, diga: “sai de mim. Quero que saia tudo isso de mim. Não interessa o quê. Eu quero que saia”. Fale com raiva. A energia da raiva é energia de domínio. Estamos chamando nossa força para limpar nosso campo energético. Trata-se de uma força poderosa, pois é severa. O corpo inteiro ouve e faz o que você manda.

Continue mentalizando: “sai, sai, sai’. Observe como seu corpo vai tendo sensações. Às vezes, a gente chega até a tremer. Se você sente que, em determinado local, a dor aumenta, é porque tem alguém grudado ali. Encosto mesmo! “Esse corpo é meu e pronto”. Aos poucos você sente que vai acalmando, até experimentar uma descontração, um relaxamento.

Vamos agora fazer uma captação positiva. Leve as mãos ao alto e puxe o prana. Agora suas mãos são antenas parabólicas que estão voltadas para o universo infinito. E diga: “Quero me abrir para esse infinito. Me vejo no meio dos astros, das estrelas, um lugar superluminoso”.

Mentaliza, porque o corpo vai para onde a mente sintoniza. Um lugar lindo, cheio de paz. Traga as mãos para o peito e sinta que você é da paz. Pense que você é forte e boa, mas não boba. Que aprende a dizer não, que se responsabiliza por si mesma.

Abençoe-se! Que parta de você mesma um carinho, um elogio, um gesto de amor. Olhe para si como se olhasse para o próprio filho. Abençoe-se por todas as vitórias e pelos fracassos também, porque eles foram grandes tentativas. É abençoando-nos que somos abençoados.
E essa benção é profunda.

Luiz Antônio Gasparetto

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Existe Alguém
Silvia Schmidt

Há alguém dentro de você que deseja tantas
coisas que nem você sabe.
Quando vem aquela sensação de vazio e de melancolia,
esse alguém está pedindo que você entenda
as coisas que ele quer.
Você pressente uma extrema necessidade de fugir.

De repente é uma vontade de sair caminhando
sem planejar para onde.
É o desejo de abraçar uma árvore,
de sair levitando rumo ao céu,
de abrir seu coração com alguém
que você nem conhece.

Outras vezes é o impulso de andar descalço,
pisar em verde grama,
sentir o frescor do solo ainda umedecido
pelo orvalho noturno.
Vem a vontade de cheirar pedacinhos de capim,
folhinhas de hortelã,
humildes florzinhas do campo.

Há momentos em que você baixa os olhos
e nada vê além de imagens fugidías
de lugares e paisagens que você jamais conheceu.
Um profundo suspiro solta-se do seu peito,
você não sente o peso do
próprio corpo, não nota aqueles que estão à sua volta.
E quantas vezes eles lhe parecem tão estranhos, não é?

Vêm-lhe desejos intensos de apagar o passado,
de anular o presente, de soltar-se das preocupações com o futuro.
É seu espírito pedindo descanso.

As lágrimas são reprimidas,
os desejos são abafados, os sonhos são adiados,
porque você acredita que " precisa "
estar presente e alerta o tempo todo para resolver " problemas ".

Você sabia que o maior " problema " é exatamente você?
Não se permite sentir, não se permite sonhar,
não se permite ser você mesmo(a).

Há alguém dentro de você que deseja tantas
coisas que nem você sabe.
Esse alguém quer que você reconheça que não pode
carregar todos os pesos do mundo nem de todo mundo.
Ele quer que você se trate bem e que se conscientize de
de que cada um está no lugar em que se colocou.

Solte-se.
Viaje para dentro de si próprio(a) e olhe tudo nesse lugar
que lhe parece tão desconhecido, esse lugar que é você mesmo(a).
Você também está onde se colocou.
E assim como entrou, também pode sair.

Aconselhe-se com esse alguém dentro de você
que deseja tantas coisas que nem você sabe.
Pergunte-lhe o que ele quer e abra-se para " senti-lo ".
É nele que estão todas as respostas e soluções.

Esse alguém quer resgatar o seu divino direito
à liberdade de ser único(a).
Esse alguém é sua Alma.

Tente ... você consegue ...
... e aguarde por coisas que antes você considerava milagres ...

Confie.
Só a obediência aos desejos de sua Alma lhe garante a
conquista de perpétua Serenidade.
... e siga sua Vida em paz ...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma Oração Para Mim!
Que eu tenha a força de ser eu mesmo, sempre...
Que eu possa fazer o bem, sem saber o porquê...
Que eu nunca pense, que esse alguém irá me retribuir...
Que eu possa ver a luz do dia numa montanha cheia de flores...
Que eu possa ouvir passarinhos cantando...
Que eu possa ver a imensidão azul do céu...
Que eu descubra, brincando, o formato das nuvens...
Que eu possa valorizar a alma da criança que existe em mim
Que eu possa brincar como uma...
Que ao me levantar, enxergue a "Luz" através do sol
Que diga com amor, o bom dia de cada dia
Que a minha presença seja sentida, amiga
Que eu fale sempre o que sinto, como o aroma de absinto, que é leve e encantador
Que quando estiver no campo... a luz do luar caia sobre meus cabelos
Que meu pranto só seja de alegria...
Que eu sinta o perfume do orvalho sobre a relva nas noites frias de inverno
Que eu possa me agasalhar no coração do meu amor quando sentir frio...
Que eu esteja ao seu lado nos dias alegres de verão...
Que eu possa andar na praia e pegar conchinhas...
Que a grandeza do mar seja a energia que recarrega minh´alma
Que a minha existência faça diferença...
Que minhas palavras sejam amáveis e doces e lembrem os brancos cafezais...
Que sejam ouvidas de forma leve, suave, sublime, como anjos cantando...
Que eu possa fazer da minha luz o candeeiro de outros...
Que eu saiba ser sozinho, mesmo na multidão...
Que eu possa andar descalço, de pés no chão...
Que eu sinta o calor e o frescor da terra molhada com cheiro de chuva...
Que eu possa entender o amor dos que não sabem demonstrar o amor que sentem...
Que eu saiba ser desapegado do amor dos que não sabem amar...
Que eu possa entender que nem todos podem me amar...
Mas que eu ame a todos sem distinção, com toda a força e luz do amor que existe em mim.