Ele veio à luz numa noite quase fria e para
aquecê-lO, serviram-se os pais de palhas e feno, destinadas aos animais do local
onde se abrigavam.
Teve Sua vida ameaçada, desde os meses primeiros, por
quem temia se ver destituído do trono das vaidades.
Vagou por terras estrangeiras, retornando à cidade de
Seus pais, para crescer em graça e vitalidade.
O clima político era de intranquilidade. O povo a que
pertencia era escravo de nação arbitrária e dominadora.
O governo estava centrado no acúmulo das riquezas e
na manutenção do poder pela força, desde que lhe faleciam razões
outras.
Toda vez que lhe mencionariam o nome, ao longo dos
séculos que viriam empós, seria lembrado como Aquele que viera de cidade das
menos expressivas de Sua nação.
Seu pai não detinha projeção social. Era carpinteiro
e cedo, Suas mãos longas e finas passaram a modelar a madeira.
Quando o tempo se fez próprio, fez-Se conhecer dos
homens, servindo-Se de frases ditas muitos séculos antes de Sua
vinda.
Frases de conhecimento popular, repetidas de geração
a geração, em cânticos de esperança.
Mas aqueles mesmos para quem viera, não O
reconheceram. Esperavam alguém cheio de pompa e Ele fez-Se pequeno, para amar e
servir aos homens.
Acusaram-nO de crime de sacrilégio porque ousou
afirmar a Sua filiação Divina, desvelando-nos o Pai de todos nós.
Chamou os que O seguiam de amigos, patenteando que a
amizade é dos mais puros sentimentos.
Afirmou que Se ofereceria em holocausto, no momento
oportuno e que, pelos Seus amigos, daria a própria vida.
Lecionou a alegria, fazendo-Se presente em momentos
de importância da vida de parentes e pessoas que desejavam com Ele partilhar o
pão, a mesa, a amizade.
Abençoou com Sua presença um casamento, assinalando a
importância da família.
Chamou a Si os pequenos, afirmando da importância do
período infantil e, educador excepcional, disse das graves responsabilidades de
se bem conduzir essa quadra da vida.
Esteve com os jovens e, idealista, convidou-os para O
seguirem, a fim de que tivessem a sua juventude abençoada pelo amor
imperecível.
Fez da natureza Seu templo e Sua escola, chamando a
atenção dos que O ouviam para as coisas pequeninas.
O grão de mostarda, a figueira improdutiva, a sega no
momento apropriado, a periodicidade das estações, uma folha de
árvore.
Ensinou a nobreza no sacrifício por amor à verdade.
Com Seu sangue regou o ânimo dos que Se lhe tornariam seguidores, no transcorrer
dos evos.
Retornando do país do Além, Ele que fora abandonado,
traído, apresentou-Se para consolar os amigos.
Atestou a Imortalidade com a Sua presença,
permitindo-Se tocar, apalpar.
Conhecedor das necessidades humanas mais primárias,
não Se pejou em preparar, na praia, o fogo, oferecendo aos amigos pescadores, o
alimento, em Seu retorno das lides.
Foi filho amoroso, amigo incondicional, servidor da
Humanidade.
Nada exigiu. Exemplificou a perfeição e, num convite
veemente, estabeleceu que quem O desejasse imitar, bastava tomar de Sua cruz e
segui-lO.
O que Ele fazia, todos podiam realizar.
Não prometeu recursos amoedados ou situações de
privilégio. Ele era o Modelo e Guia, sem sequer possuir uma pedra para repousar
a cabeça.
Não era excepcional, afirmava. Filho do Pai Excelso,
comungando de Sua vontade, revelou-nos a nossa filiação Divina.
E no Seu testamento de amor afirmou que somos os
herdeiros das estrelas, os senhores dos astros, viajores do
Universo.
Chamam-no Nazareno, Amigo Celeste, Galileu, filho de
Deus.
Não importa. Ele é Jesus, o amor insuperável. Nosso
Mestre, Amigo, Irmão.
Redação do Momento
Espírita.
Em
13.12.2011.