domingo, 26 de fevereiro de 2012


A Sabedoria do Silêncio Interno 

Texto Taoista

Fale apenas quando for necessário.
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.
Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra, deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia).
Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
Nunca faças promessas que não possas cumprir.
Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.
Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.
Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia.
O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, Porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.
Se te identificas com o êxito, terás êxito.
Se te identificas com o fracasso, terás fracasso.
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.
Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos.
Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.
Com o poder mental tranqüilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas, simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.
Não te dês muita importância, e sejas humilde, pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente, mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.
Sê discreto, preserva tua vida íntima, desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranqüila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre, que nos dá o necessário.
Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar.
O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos.
Tem confiança em ti mesmo.
Preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.
Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação, vais criar complicações.
As pessoas não tem confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim”não é sólido e lhe falta valor.
Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.
Se realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato.
O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal.
Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.
Evite julgar ou criticar, o TAO é imparcial em seus juízos não critica a ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade.
Cada vez que julgas alguém a única coisa que fazes é expressar tua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído.
Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas.
O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.
Recorda que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que não venceu em ti mesmo.
Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida.
Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas.
Quando tentas defender-te na realidade estás dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles.
Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz.
Teu silêncio interno o torna impassível.
Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mal costume de falar o tempo todo.
Pratique a arte do não falar.
Toma um dia da semana para abster-se de falar.
Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal.
Este é um exercício excelente para acontecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO.
Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá tua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação.
Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre…
O Poder permanece quando o ego se mantém tranqüilo e em silêncio.
Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente.
Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno.
Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo.
Não force, manipule ou controle o próximo.
Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser.
Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO.
Tenha uma bela vida!

domingo, 12 de fevereiro de 2012


Construção da felicidade

Não há no mundo quem não deseje uma vida de felicidades. Sonhamos e desejamos que nossos dias sejam de alegrias intensas e plenas.
Anelamos que o sorriso nos venha fácil, que os dias nos sejam leves e que seja de venturas o nosso caminhar.
É natural que assim seja. Somos seres fadados à felicidade e esse é o sentimento que encontra na alma os mais profundos significados.
Porém, na ânsia da felicidade, imaginamos que temos que buscá-la em algum ponto, que a encontraremos em algum momento, que a atingiremos em um dia determinado.
Lembramos o soneto do poeta Vicente de Carvalho que afirma que a felicidade é uma árvore de dourados pomos, porém que não a alcançamos, porque sempre está onde a pomos e nunca a pomos onde nós estamos.
Ao imaginar a felicidade como uma meta a alcançar nos esquecemos que, na verdade, a felicidade é caminho a se traçar, é trilha a se percorrer, é história a se construir.
Quando imaginamos que a felicidade chegará um dia, perdemo-nos nos dias e não enxergamos a felicidade que nos chega.
Ou não será felicidade poder deparar-se com um pôr-de-sol tingindo de vermelho um céu que há pouco era de um azul profundo? Há tantos que desejariam ver um pôr-de-sol...
Quanta felicidade pode haver em escutar as primeiras palavras de um filho, uma declaração de amor de quem queremos bem, ou ainda, o assovio do vento chacoalhando suave as folhas da árvore? Há tantos que nada escutam, nem ouvem ou percebem...
Como somos felizes por poder pensar, criar, sonhar e, num piscar de olhos, viajar no mundo e no espaço, conduzidos pela imaginação, guiados pela mente! São tantos que permanecem carcereiros de si mesmos em suas distonias mentais, nos desequilíbrios emocionais...
Preocupamo-nos tanto em buscar a felicidade, que nos esquecemos que já temos motivos de sobra para sermos felizes.
E, efetivamente, não nos damos conta que a felicidade não está em chegar, mas que ela mora no próprio caminhar.
Ser feliz é ter o olhar de gratidão perante a vida, de entendimento do seu propósito, da percepção de que ela se mostra sempre generosa a cada um de nós.
Ser feliz não é negar que na vida também haverá embates, lutas e desafios cotidianos. Afinal, esses são componentes de nosso viver e, naturalmente, podem trazer dificuldades e dissabores.
Porém, ser feliz é também perceber que os embates produzem amadurecimento, que as lutas nos fazem mais fortes e nos oferecem aprendizado.
Assim, de forma alguma vale a pena ficarmos esperando o dia em que nossa felicidade se completará.
Ser feliz é compromisso para hoje, que se inicia pelo olhar para as coisas do mundo, passa pelo coração em forma de reconhecimento pelos presentes que nos chegam, completa-se em gratidão, oferecendo à vida o que ela nos dá em abundância.
Redação do Momento Espírita.
Em 25.11.2011.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

                      Frutos da Gentileza

Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos, em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.
Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.
Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus. Ela tinha um peso físico e comprimia fisicamente.
O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.
O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer. Que morte tola! - Pensava ele. Prisioneiro em uma câmara frigorífica.
Imagens da família, dos amigos passaram-lhe pela memória. O que podia ter feito e não fez. O que não deveria ter feito e agora se arrependia.
Depois de gritar, de recordar, ele se rendeu. Nada mais a esperar senão a morte. Terrível, por congelamento. O frio parecia lhe quebrar os ossos, congelar o sangue nas veias. Dolorido. Penoso.
Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.
Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.
Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.
E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.
Aguardei um tempo pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.
Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.

*  *   *

Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.
Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.
Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.
Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.
O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.
Não esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.
Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.
Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.
Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.
Experimentemos!

 
                                      Redação do Momento Espírita, com base em notícia internacional.
                                                                                                                                  Em 07.02.2012.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

  O Preço da Idade

UM GRANDE PREÇO QUE PODE SE PAGAR PELA IDADE:

- Não é uma aparência menos jovem ou menos bela:
é o peso da inconformação com isso.

- Não é olhar para trás e ver que muito se perdeu por lá:
é deixar de atentar para o quanto se pode ganhar no " já ".

- Não é ter alguns movimentos limitados por ela:
é não perceber que a vida continua em movimento
contínuo e equilibrado para cada fase de si mesma.

- Não é ser rejeitado pelos mais jovens:
é esquecer-se das vantagens que a experiência
e a vivência sempre trazem.

- Não é ser esquecido em convites para festinhas de "embalo" :
é tornar-se indiferente à festa da Vida.

- Não é a tão frequente ausência de romantismo:
é a descrença no amor, que não escolhe tempo.

- Não é a frustração de ver-se excluído da chamada "moda jovem" :
é a não percepção de que bom gosto não sai de moda.

- Não são os finais de semana diante da televisão:
é a recusa em reconhecer que há outras alternativas
menos enfadonhas e repetitivas.

- Não é a crença de que o raciocínio torna-se mais lento:
é dar-se como incapaz para novos aprendizados
e parar de exercitar a inteligência.

- Não é o dizer-se "realista" :
é dar adeus aos sonhos ainda não realizados
e desistir de sonhar.

Mas o GRANDE e MAIOR preço que pode se pagar pela idade
é desistir de si mesmo,
crer que a Vida se acabou quando ela mal começou.

 
Silvia Schmidt
No livro "Sorte é Prá Quem Quer"