segunda-feira, 30 de julho de 2012


O Rio

O rio corre em direção ao mar. Durante o seu percurso, ele ganha velocidade, até o momento em que se defronta com algumas curvas, que o fazem diminuir o ímpeto de encontrar o grande oceano.

Quando passa por esses obstáculos da natureza, encontra pedras grandes em seu leito, que lhe rasgam a superfície e lhe modificam o curso e o ritmo natural.

Assim, entre barreiras e percalços, ele segue a sua trajetória com uma só certeza: a de que encontrará o mar, ganhando a liberdade e alegria almejadas.

A vida de todos nós se assemelha ao curso de um rio.

Estamos constantemente traçando planos, buscando um oceano de sonhos e realizações, seja no âmbito pessoal ou profissional.

Inúmeras vezes deparamo-nos com obstáculos que nos impedem de seguir adiante da forma inicialmente planejada.

É o momento em que a vida nos mostra que precisamos trabalhar, em nós mesmos, inúmeras virtudes, entre elas a fé, a resignação e a paciência.

Manter viva a crença de que somos capazes de alcançar nossos objetivos, apesar de todas as curvas e pedras que encontrarmos no caminho, torna-nos fortes o suficiente para continuar adiante.

Não há fronteiras para quem sabe o que deseja e possua a persistência para buscar.

Se os desvios na trajetória nos trazem dor e tristeza, acreditemos que, mais adiante, a tão almejada felicidade será alcançada.

Não nos apeguemos a essas dores passageiras. Entendamos que elas fazem parte da caminhada, rumo ao objetivo final.

Assim como as pedras modificam o curso e a velocidade dos rios, pode ser que os percalços do caminho nos deixem cicatrizes e nos façam esperar mais tempo para alcançar nossos mais profundos sonhos.

Mas, quando exercitamos a paciência e carregamos a certeza de que as metas finais serão alcançadas, essas cicatrizes deixam de ter importância. Apenas contarão uma história.

A porta da real felicidade exige sacrifícios. São justamente essas lutas que conduzirão a alma à imensa ventura.

Para atravessarmos essa porta, basta que mantenhamos firme a vontade e que não enfraqueçamos diante das lutas, confiando que estamos amparados pelo amor Divino.

Jesus nos propôs coragem e bom ânimo diante de tudo o que sofrêssemos. O desalento e o desânimo perante os momentos críticos indicam inclinação à derrota.
*  *  *

À frente de toda dificuldade que nos apareça, trabalhemos no sentido de superá-la com alegria.

Diante de toda dor que nos alcance, realizemos o nosso esforço de modo a suplantá-la, mantendo a chama da esperança de tempos melhores adiante.

Se tivermos que sofrer e chorar, o façamos confiantes de que        Deus vela e que mais dia menos dia, nossos dramas serão resolvidos, se perseverarmos na ação feliz do bem até o fim.

Sem dúvida, Jesus é aquele que nos veio ensinar a extrair o lado bom e útil de todo sofrimento que nos seja imposto.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.29, do livro Quem é o Cristo,
pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 23.07.2012.

terça-feira, 24 de julho de 2012


 Velhice: Uma etapa da vida
 Psic. Simone Bracht

Hoje, aos 40 anos, sonho envelhecer com orgulho. Assim como disse Lya Luft no livro Perda e Ganhos, quero ser uma velha de espírito velho. Pois o espírito velho é mais sereno, elegante e sábio do que o jovem.

Tenho me perguntado por que as pessoas resistem à fase da vida que começa por volta dos 60 anos (segundo a OMS). Em geral, as pessoas com mais de 60 anos não gostam de ser chamadas de velhos ou de idosos e não gostam de ser percebidas como idosos. Lutam constantemente para parecerem jovens.

As pessoas com mais de 60 dizem que não se sentem bem ao serem chamadas de idosos ou de velhos. Dizem sentirem-se desvalorizadas, como um objeto velho que já não tem mais utilidade.  Sentem-se desrespeitadas e percebem uma carga de preconceito nestas palavras.

Mas porque não se sentir velho ou idoso? O que tem de ruim em ser um velho? Em que está o preconceito ou desvalorização? Nos mais jovens? Nos próprios idosos? Na sociedade como um todo?

Vivemos em uma sociedade voltada para a juventude. Apenas o que é novo é belo. E não estou falando apenas de pessoas, mas de objetos também. Apenas o que é novo e moderno é bom. Se a bateria do celular está gasta, não vale à pena trocar. Jogamos fora o aparelho e compramos outro, mais moderno, com câmera e acesso a internet. Roupa velha e confortável é só para usar em casa. Que mensagens são estas? Que velho é ultrapassado e descartável. Que só deve ficar em casa.  É nesta sociedade da novidade, dos lançamentos, da rapidez e da agilidade que nós temos que envelhecer aceitando nossas limitações e mudanças físicas. Aceitar o envelhecimento exige um alto grau de autoestima, para viver a velhice com satisfação.

Podemos ser velhos inteligentes, interessantes, esportistas, viajados, divertidos, com histórias para contar, com experiências para passar, com habilidades e felizes. É preciso entender que estas coisas não são possíveis apenas para os jovens. Ser velho ou idoso é uma etapa da vida na qual podemos ser muitas coisas. Não precisamos ser jovens para ser ou fazer o que queremos. Aliás, é muito mais fácil para um velho, com toda a sua experiência e maturidade escolher ser ou fazer o que quer. Os jovens, em geral, ainda precisam provar muitas coisas, para si próprios e para os outros, e nem sempre podem ser ou fazer o querem. 

O outro motivo pelo qual as pessoas se negam a envelhecer diz respeito à visão que temos de que ficar velho é acabar.  Velhice não é o fim. O fim é a morte. E para morrer, não é preciso estar velho, basta ter nascido. Então devemos viver esta etapa da vida como as outras, com planos de futuro, com amizades, família, quem sabe trabalho ou outras atividades que nos interessem.

Vamos fazer um breve balanço das etapas anteriores da vida. Quando somos bebês, não caminhamos e não falamos. São estas nossas desvantagens. Quando crianças, ouvimos não o tempo inteiro, não podemos dormir tarde, temos que obedecer nossos pais, então são estas as nossas desvantagens. Na adolescência temos inseguranças. Queremos crescer, mas temos medo da vida adulta. Estamos feiosos, desproporcionais e com espinhas. Na vida adulta nos falta tempo, nossa vida é cheia de preocupações. Temos que cumprir as regras sociais, bom emprego, casamento feliz, filhos bem educados, leitura e cinema em dia, e por aí vai.

A velhice é uma etapa da vida como as demais. Com coisas boas e ruins. Costumo dizer que velhice é coisa nova. Temos tido a oportunidade de ver na mídia reportagens sobre a longevidade e o aumento da expectativa de vida como algo novo. Sendo assim, a sociedade ainda não está pronta para entender a velhice como uma etapa da vida assim como a infância, a adolescência e a vida adulta. 

Há algumas décadas atrás a sociedade e as famílias precisavam se adaptar a novidade que era a mulher/mãe sair de casa para trabalhar. Hoje a sociedade e a família precisam se adaptar ao envelhecimento.

Ainda não sabemos com qual nome a sociedade e a ciência definirão esta etapa da vida. Hoje a sociedade chama de 3ª idade e a ciência denomina de idoso. O certo é que, independente do nome que será dado, ainda temos muito que aprender sobre esta etapa da vida e sobre como conviver e viver a velhice.

domingo, 22 de julho de 2012


 Perfume de gratidão

Jovem e idealista, ela partiu de sua terra natal, a Suíça, para ajudar a reconstruir a Polônia, depois da Segunda Guerra Mundial.
Ela assentou tijolos, colocou telhados, levantou paredes. Até o dia em que um homem cortou a perna e lhe descobriram os dotes para a medicina. Aí, junto a duas outras voluntárias, que tinham conhecimentos de medicina básica, foi servir num improvisado posto médico.
Certa noite, em que suas colegas tinham se deslocado para atender pessoas em outra localidade, ela ficou sozinha. Tomou o seu cobertor, enrolou-se e deitou sob a luz das estrelas.
Nada haverá de me acordar, hoje. Estou morta de cansaço.
No entanto, um pouco depois da meia-noite, um choro de criança a despertou. Ela pensou estar sonhando e não abriu os olhos. O choro voltou a lhe chegar aos ouvidos.
Meio dormindo, ainda, ouviu uma voz de mulher:
Desculpe acordá-la, mas meu filho está doente. Você precisa salvá-lo.
Bastou Elisabeth olhar, de forma rápida, para o garoto de três anos para descobrir que ele era portador de tifo.
Explicou para a mulher que não tinha remédio algum no posto. A única coisa que podia lhe oferecer era uma xícara de chá.
A mulher cravou nela os olhos, com aquele olhar que somente as mães em desespero possuem:
A senhora tem de salvar meu filho. Durante a guerra, nos campos de concentração, morreram doze dos meus filhos e este nasceu lá. Ele não pode morrer. Não agora que o pior já passou.
Elisabeth tomou uma decisão. Se aquela mulher andara tantos quilômetros para chegar até ali, se ela vira serem mortos uma dúzia de filhos na guerra e ainda tinha ânimo para rogar pela vida do único afeto que lhe restava, ela merecia todos os sacrifícios.
Tomou da criança e, com a mãe, caminhou trinta quilômetros, até encontrar um hospital. Depois de muita insistência, conseguiu que a criança fosse internada.
Mas havia uma condição: somente depois de três semanas, elas poderiam retornar para saber notícias. Afinal, o hospital estava cheio e os médicos atolados de tarefas.
Elisabeth voltou para as atividades do seu posto médico e tanto trabalho teve nas semanas seguintes, que até esqueceu o garoto.
Certa manhã, ao despertar, encontrou ao lado do seu cobertor, um lenço cheio de terra. Abrindo-o, viu, junto com a terra, um bilhete: Para a pani doutora.  Da senhora W.  Cujo último dos treze filhos você salvou, um pouco de terra abençoada da Polônia.
O menino estava vivo.
Um grande sorriso se abriu no rosto cansado de Elisabeth.
E ela compreendeu o que acontecera. A mulher andara mais de trinta quilômetros até o hospital e apanhara ali o seu filho vivo.
De Lublin, levara-o de volta até o povoado onde vivia. Pegara um punhado de terra do seu chão e tornara a andar muito para deixar, quieta, sem perturbar, na calada da noite, o seu presente de gratidão.
Elisabeth Kübler-Ross guardou o embrulhinho de terra que se tornou para ela o presente mais valioso que jamais recebera.
*   *   *
A gratidão é perfume acondicionado no frasco d’alma. As criaturas o deixam evolar-se, de forma sutil, envolvendo aqueles a quem são gratos, numa aura de bem-estar.
Naturalmente, ninguém realiza o bem esperando agradecimento mas, quando a gratidão se manifesta, é como a brisa que abençoa a tarde morna com sua presença.
Refaz corações e aumenta a disposição para novas realizações, em prol do próximo.
Redação do Momento Espírita, com base
no cap. 9, do livro A roda da vida, de Elisabeth
Kübler-Ross, ed. Sextante.
Em 16.07.2012.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A IMPONTUALIDADE DO AMOR 
Martha Medeiros

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

segunda-feira, 9 de julho de 2012


Fale de seus sentimentos, tome decisão, se alimente corretamente...

Se não quiser adoecer: "Tome decisão".
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e doenças de pele.

Se não quiser adoecer: "Busque soluções".
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender um fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer: "Não viva de aparências".
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, hospital, a dor.

Se não quiser adoecer: "Aceite-se".
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes em nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se , aceitar e ser aceito, aceitar as críticas é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer: "Confie".
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer: "Não viva sempre triste".
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor".
Alegria é saúde e terapia.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Eu, melhor

Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?
Esta foi a pergunta feita pela redação de uma revista de circulação nacional, aos seus leitores.
A questão gerou uma matéria muito inspirada, intitulada Eu, melhor, apresentando diversos relatos de pessoas e acontecimentos que as transformaram.
Encontros, desencontros, doenças, surpresas. Diversos tipos de experiências foram narradas e, ao final de cada relato havia uma pessoa agradecida e melhor.
Uma delas, ainda muito jovem, lembra o dia em que o pai recebeu o diagnóstico de câncer e veio contar à família.
Pediu que não ficassem tristes pois, caso não conseguisse a cura, aproveitaria mesmo assim a oportunidade para se transformar em alguém melhor.
O homem buscou perdão e reconciliação com familiares. Um dia, ao ouvir de alguém a expressão doença maldita, rebateu dizendo: Para mim, ela é bendita!
Dois meses depois ele morreu. A filha, emocionada, afirma que não só ele se transformou em alguém melhor, mas mudou para melhor a vida de todos ao seu redor.
Seu exemplo é lembrado até hoje e sua conduta sempre será referência para aquele núcleo familiar.
*   *   *
A vida tem costume de surpreender. De repente, aparece alguém que, com um gesto, abre nossos olhos. Ou um acidente no percurso, apontando para novas direções.
Às vezes, é uma viagem ou um encontro programado que segue rumos inesperados e nos transforma.
É a soma de eventos assim, belos e gratuitos, que nos faz melhores, mais fortes, mais maduros.
Pode ser uma soneca no ônibus, um encontro com um desconhecido, um raio que clareia tudo ou a proximidade da morte.
O que importa é olhar para essas experiências e reconhecer que elas nos ensinaram e, do seu jeito, nos fizeram mais felizes.
Sem pedir nada em troca, são pequenas graças plantadas no cotidiano. Como se fossem sinais, apontando para lugares onde podemos ser mais leves e alegres.
Então, quando olhamos para trás e enxergamos o caminho percorrido, só nos resta agradecer, do fundo do coração, à vida, que nos faz uma versão melhor de nós mesmos.
*   *   *
Todas as forças da natureza nos impulsionam para frente, rumo ao progresso inevitável. Progresso da alma, que vai se tornando mais sensível, mais amorosa, mais madura.
Progresso também da mente, mais esclarecida, com capacidade de tomar decisões com mais segurança.
Aproveite esses momentos de reflexão, onde você estiver, para lembrar que experiências fizeram de você alguém melhor, e se você soube ou está sabendo aprender com os acontecimentos da vida.
Todos eles, julgados como bons ou maus por nós, trazem dentro de si o objetivode depurar o Espírito aprendiz.
Qual foi a experiência de vida que transformou você em alguém melhor?

Redação do Momento Espírita com base em matéria da revista
Sorria nº 23, de dezembro/janeiro 2012,
de autoria de Jaqueline Li,
Jéssica Martineli, Karina Sérgio Gomes,
 Rafaela Dias, Rita Loiola,
Tissiane Vicentin e Valéria Mendonça.
Em 27.6.2012.

segunda-feira, 2 de julho de 2012


A Benção
Jorge Luiz Brandt

Quando criança, sempre era motivo de reunião da família, o horário das refeições.
Família reunida, todos impunham as mãos sobre os alimentos, e fazíamos uma oração: "Abençoai, Senhor, os alimentos deste lar, e na mesa do céu reservai-nos um lugar." A Benção tem poder.
Tem o poder de eliminar dos alimentos, toxinas, ali depositadas pelo uso e abuso dos agrotóxicos, antibióticos, hormônios e demais meios de adubações, enxertos, proteção e crescimento não naturais.
Assim, atua nos líquidos e sólidos. Nos líquidos, como o vinho, retira o álcool, que poderia prejudicar aquele que o bebe, liberando-o até mesmo dos itens contidos nele que podem levar ao vício.
Assim, aprendemos de Jesus a abençoar os alimentos e as bebidas antes de sua ingestão. Abençoar, (na época dele) no entanto, foi restrito a poucos, que detinham este poder, fazendo-nos, ao povo, acreditar que não éramos merecedores da benção e do abençoar.
"Abençoado é aquele que abençoa" [Um curso em Milagres].
Aos que tem Reiki.
Certa vez, fui, como de costume, fazer o lanche da tarde.
Costumava ir até uma pastelaria próxima, onde comia um pastel e tomava um café com leite. Desta vez, comi o pastel, tomei o café, e estranhei não estar satisfeito.
Assim, repeti o pedido.
Estranhei novamente não estar satisfeito.
Desta vez, paguei e saí, retornando ao meu local de trabalho.
Ao chegar na rua, uma pessoa andando, distraída, chocou-se comigo.
Ora, isto, andando na rua, é normal. Acontece.
No entanto, o que não era normal foi o que me aconteceu.
Fui acometido de intensa raiva, a qual projetei na distraída pessoa,
chegando até mesmo a ter desejos de esmurrá-la.
Parei. Pensei. Algo está errado.
Voltei então à pastelaria, onde fui recebido pelo espantado atendente, que disse:
-Voltou para comer mais?
-Não, quero um cafezinho. Então, perguntei:
-Como vai a sua vida?
Era o que ele estava esperando. Deflagrou então um rosário de queixas e reclamações do patrão, da esposa, dos filhos, dos vizinhos, e de não sei mais quem.
Confiou-me que estava cheio de raiva, e com vontade de esmurrar alguém, que o dia estava péssimo.
Descobri, então, de onde veio a raiva que senti e que projetei no distraído transeunte.
O rapaz estava colocando toda sua raiva na massa do pastel.
Onde colocamos as mãos, colocamos nossa energia.
Um alimento preparado com amor alimenta mais, porque tem mais energia amorosa.
É a energia do amor que nos nutre.
Soube que em um mosteiro, aonde pessoas vão com o intuito de ficarem mais amorosas e de se iluminarem, que aquele monge, que estivesse mais amoroso, era destinado aos trabalhos da cozinha.
Uma pessoa que prepara os alimentos com mais amor vai torná-los menos tóxico e mais nutritivo.
Se assim acontecer, você pode comer menos e vai estar mais bem alimentado.
Seu organismo físico vai funcionar melhor e, provavelmente, não vai engordar, pois que não vai ingerir além de suas necessidades.
Comemos demais, porque o que comemos não tem energia.
O arroz é plantado por uma máquina, colhido por uma máquina, empacotado por uma máquina e cozido maquinalmente por uma cozinheira que não gosta do que está fazendo.
Que coisa mais fria e sem energia!
O Reiki e a Benção energiza os alimentos sólidos e líquidos e retira deles as substâncias nocivas.
Faça Reiki. Faça Reiki. Abençoe! Bênçãos.