sábado, 13 de abril de 2013


Entre o EGO e a ALMA

Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o Ego desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais que ela. Não há nada que vença o Ego em termos de separações!

E como ele age?

- No Casamento e nas relações românticas: em nome do “incompatibilidade de génios”, homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos, de comum acordo, cedessem um pouco.

Não! Para o Ego não tem acordo quando se trata de ceder. Seria rebaixar-se! Ele só entende assim.

- Nas Amizades: uma atitude ou uma palavra mal usada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.

Não! O Ego não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição! Ele só entende assim.

- Nas famílias: tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades, de ver "quem manda aqui", quem ganha a condição de dono da última palavra. Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.

Não! O Ego quer deter o poder sobre tudo e sobre todos. Limites seriam subserviência! Ele só entende assim.

- Nas Carreiras: as pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a necessidade de ser “o melhor”. Quando a consciência de que “o Sol nasce para todos” faria isso parar.

Não! O Ego quer ganhar sempre custe o que custar. Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.

Em todas as situações de conflitualidade que acabam determinando separações, o Ego está presente e sempre quer ganhar.

É no carro, em brincadeiras desnecessárias; é no trabalho com críticas desnecessárias aos colegas; é nas escolas; é nas guerras, onde ganhar é uma questão de vida ou de morte, é na vizinhança…. Por todo o lado…. Infinitamente.

Pense em algo parecido não citado aqui e que tenha separado pessoas, e aí está a ditadura do Ego.

Não!

Não é a morte que provoca mais separações!
É o Ego, o filho predilecto do orgulho!

 Texto adaptado de Silvia Schmidt

Mas agora não se revoltem contra o Ego nem o ridicularizem, porque ele em muitos casos nos prestou um bom serviço e nos ajudou a descobrir muitas coisas belas sobre nós mesmos, porque o Ego não é totalmente mau. Nos estágios iniciais de desenvolvimento Humano ele representa a vontade de ser e precisa de ter algum senso de auto-estima para mantê-la, até que a Alma adquira a força e o desejo pela autotranscendência. Neste ponto o Ego Divino atraído pelo verdadeiro desejo da Alma, substitui este Ego inferior que não é mais necessário para manter a percepção finita.

Precisamos de ir removendo este Ego como se fosse uma máscara que tapa o nosso Verdadeiro Eu. Por isso o que temos mesmo de fazer é ir retirando essa máscara que colocámos sobre a nossa Divina Presença e mostrar o Divino que há em cada um de nós, ou seja, aquilo que está brilhando por de trás da máscara, que é uma LUZ muito intensa, radiante e tão forte, que até por vezes podemos ver o seu brilho através da máscara.

Sintam em cada um de vós essa LUZ e AMOR… e nunca... mas nunca mais se esqueçam que as Almas nunca discutem... só mesmo os Egos.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


A melhor idade do amor 
Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã. Chuva insistente de outono.Um casal adentra uma panificadora para tomar café.
Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.
Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.
A diferença de idade é gritante. Não mais de quarenta, ela. Próximo aos oitenta, ele.
Ele olha para fora pela janela entreaberta.
Ela sorri, carinhosa.
Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?
Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.
E você? Onde nasceu?– Volta a inquirir a mulher.
Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.
E o que você lembra de lá?
Ah... Muitas coisas... – Responde ele, com leve sorriso.
Então, silencia. Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste. Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.
Sabe... Acho que tive uma vida feliz...
Ela permanece interessada. Um interesse de primeiro encontro. Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.
Respira fundo. Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.
Você só casou uma vez? – Pergunta ela, com certo embaraço na voz.
Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.
Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente. Esboça um sorriso para disfarçar. Olha para a mesa. Ainda resta um pão.
Pode comer. Já estou satisfeita.
Almoçamos juntos amanhã? – Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.
Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos. Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...
Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...
Não tem problema. – Diz ela, carinhosa. -Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.
Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre. Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não “enferrujar”. – Conclui ele.
É verdade... – Ela suspira. – Precisamos cuidar da memória...
Novamente um longo silêncio entre os dois.
Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.
Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.
Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.
Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:
Pai...Pai... Posso pedir a conta?
Ele acena positivamente. A conta chega. Ela se levanta primeiro, vai em direção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.
Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.
*   *   *
Foram nossos genitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.
Pensando em tudo isso, louve aos seus pais. Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.
Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai. Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;
Ouça o que eles tenham a dizer. Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você. Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus genitores anos atrás.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 7, do livro Ações
corajosas para viver em paz, pelo Espírito Benedita da Silva,
psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter
Disponível no cd Momento Espírita, v. 19, ed. Fep
Em 09.08.2012.

quarta-feira, 10 de abril de 2013


O ESPIRITISMO
O Consolador Prometido 

Frequentemente muitas pessoas apresentam diversas dúvidas acerca do livre-arbítro e do determinismo.
Analisemos como a Doutrina Espírita se posiciona.

"A cada um será dado segundo as suas obras." JESUS (Mateus, cap. 16, vers. 27)

O LIVRO DOS ESPÍRITOS, ALLAN KARDEC

115. Dentre os Espíritos, alguns foram criados bons e outros maus?

Resposta: "Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um uma missão com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à perfeição pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los de Si. A felicidade eterna e pura é para os que alcançam essa perfeição. Os Espíritos adquirem esses conhecimentos ao passar pelas provas que a Lei Divina lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais depressa ao objetivo que lhes é destinado. Outros somente as suportam com lamentação e por causa dessa falta permanecem mais tempo afastados da perfeição e da felicidade prometida."
..............

843. O homem tem sempre o livre-arbítrio?
Resposta. "Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria como uma máquina."
..............

845. Não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio as predisposições instintivas que o homem já traz consigo ao nascer?

Resposta. “As predisposições instintivas são as do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem arrastá-las à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.”
............

859. Com todos os acidentes, que nos sobrevêm no curso da vida, se dá o mesmo que com a morte, que não pode ser evitada, quando tem que ocorrer?

Resposta. “São de ordinário coisas muito insignificantes, de modo que vos podeis prevenir deles e fazer que os eviteis algumas vezes, dirigindo o vosso pensamento, pois nos desagradam os sofrimentos materiais. Isso, porém, nenhuma importância tem na vida que escolhestes. A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo.”

a) - Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?

“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a conseqüência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal maneira que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não seria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”
......

861. Ao escolher a sua existência, o Espírito daquele que comete um assassínio sabia que viria a ser assassino?

Resposta. “Não. Escolhendo uma vida de lutas, sabe que terá ensejo de matar um de seus semelhantes, mas não sabe se o fará, visto que ao crime precederá quase sempre, de sua parte, a deliberação de praticá-lo. Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la, ou não. Se soubesse previamente que, como homem, teria que cometer um crime, o Espírito estaria a isso predestinado. Ficai, porém, sabendo que a ninguém há predestinado ao crime e que todo crime, como qualquer outro ato, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio.

“Demais, sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais e os atos da vida moral. A fatalidade, que por algumas vezes há, só existe com relação àqueles sucessos materiais, cuja causa reside fora de vós e que independem da vossa vontade. Quanto aos da vida moral esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há fatalidade.”

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O Espiritismo
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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lindas lições de amor, leia e assimile,por favor
NO ESFORÇO COMUM
"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" - Paulo.

(II Coríntios, 5:6).

Não nos esqueçamos de que nossos pensamentos, palavras, atitudes
e ações constituem moldes mentais para os que nos acompanham.
Cada dia, por nossa vez, sofremos a influência alheia na construção
do próprio destino.
E, como recebemos conforme atraímos, e colhemos segundo
plantamos é imprescindível saibamos fornecer o melhor de nós, a fim
de que os outros nos proporcionem o melhor de si mesmos.
Todos os teus pensamentos atuam nas mentes que te rodeiam.
Todas as tuas palavras gerarão impulsos nos que te ouvem.
Todas as tuas frases escritas gerarão imagens nos que te lêem.
Todos os teus atos são modelos vivos, influenciando os que te cercam.
Por mais que te procures isolar, serás sempre uma peça viva na
máquina da existência.
As rodas que pousam no chão garantem o conforto e a segurança do carro.
Somos uma equipe de trabalhadores, agindo em perfeita interdependência.
Da qualidade do nosso esforço nasce o êxito ou surge
o fracasso do conjunto.
Nossa vida, em qualquer setor de luta, é uma grande oficina de moldagem.
Escravizar-nos-emos ao cativeiro da sombra ou libertar-nos-emos
para a glória da luz, de conformidade com os moldes vivos que as
nossas diretrizes e ações estabelecem.
Lembremo-nos da retidão e da nobreza nos mais obscuros gestos.
Recordemos a lição do Evangelho.
"Um pouco de fermento leveda a massa toda."
Façamos do próprio caminho abençoado manancial de trabalho e
fraternidade, auxilio e esperança, a fim de que o nosso Hoje
Laborioso se converta para nós em Divino Amanhã.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva


SIGAMO-LO
“Aquele que me segue não andará em trevas.” - Jesus. (João, 8:12).

Há quem admire a glória do Cristo. Mas a admiração pura e simples
pode transformar-se em êxtase inoperante.
Há quem creia nas promessas do Senhor. Todavia, a crença só por si
pode gerar o fanatismo e a discórdia.
Há quem defenda a revelação de Jesus. Entretanto, a defesa
considerada isoladamente pode gerar o sectarismo e a cegueira.
Há quem confie no Divino Mestre. Contudo, a confiança estagnada
pode ser uma força inerte.
Há quem espere pelo Eterno Benfeitor. No entanto, a expectativa sem
trabalho pode ser ansiedade inútil.
Há quem louve o Salvador. Louvor exclusivo, porém, pode coagular a
adoração improdutiva.
A palavra do Enviado Celeste, entretanto, é clara e incisiva: - "Aquele
que me segue não andará em trevas."
Se te afeiçoaste ao Evangelho não te situes por fora do serviço cristão.
Procuremos o Senhor, seguindo-lhe os passos.
Somente assim estaremos com o Cristo, recebendo-lhe a excelsa luz.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva

NO CULTO À PRECE
"E, tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos e todos
ficaram cheios do Espírito Santo." - Atos, 4:31.

Todos lançamos, em torno de nós, forças criativas ou destrutivas,
agradáveis ou desagradáveis ao círculo pessoal em que nos
movimentamos.
A árvore alcança-nos com a matéria sutil das próprias emanações.
A aranha respira no centro das próprias teias.
A abelha pode viajar intensivamente, mas não descansa a não ser
nos compartimentos da própria colméia.
Assim também o homem vive no seio das criações mentais a que dá origem.
Nossos pensamentos são paredes em que nos enclausuramos ou asas
com que progredimos na ascese.
Como pensas, viverás.
Nossa vida íntima - nosso lugar.
A fim de que não perturbemos as leis do Universo, a Natureza
somente nos concede as bênçãos da vida, de conformidade com as
nossas concepções.
Recolhe-te e enxergará o limite de tudo o que te cerca.
Expande-te e encontrarás o infinito de tudo o que existe.
Para que nos elevemos, com todos os elementos de nossa órbita, não
conhecemos outro recurso além da oração, que pede luz, amor e verdade.
A prece, traduzindo aspiração ardente de subida espiritual, através do
conhecimento e da virtude, é a força que ilumina o ideal
e santifica o trabalho.
Narram os Atos que, havendo os apóstolos orado, tremeu o lugar em
que se encontravam e ficaram cheios do Espírito Santo: iluminou-se-lhes o anseio de fraternidade, engrandeceram-se-lhes as mentes congregadas em propósitos superiores e a energia santificadora felicitou-lhes o espírito.
Não olvides, pois, que o culto à prece é marcha decisiva. A oração renovar-te-á para a obra do Senhor, dia a dia, sem que tu mesmo possas perceber.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva



A ORAÇÃO DO JUSTO
"A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." - Tiago, 5:16.

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e
todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.
O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando
recursos de locomoção mais fácil.
A loba, cariciando o filhote, no imo do ser permanece implorando
lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.
O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos da alma pede
explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos de fé.
Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres
viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.
Por isso mesmo, se o desejo do homem bom é uma prece, o
propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.
Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica.
Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído
para baixo.
Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o
aroma se espalhará na atmosfera.
Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.
Solta uma andorinha e ela buscará a altura.
Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente,
e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.
Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos
para descerem dos Céus à Terra.
Mas de todas as orações que se elevam para o Alto, o apóstolo
destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.
É que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou
amizades e intercessões numerosas.
Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.
Aprende, assim, a agir com justiça e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva

DIANTE DO SENHOR
"Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra."
- Jesus. (JOÃO, 8:43.)

A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.

Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.


Emprestar sem exigir retribuição.


Desculpar incessantemente.


Amar os próprios adversários.


Ajudar aos caluniadores e aos maus.


Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.


Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.


Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas.


A preocupação da posse lhes absorve a existência.


Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.

Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.


Percebem, mas não ouvem.


Informam-se, mas não entendem.


Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.


Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.


São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.


Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.


Emmanuel (espírito)
psicografia de Chico Xavier. Livro: Fonte Viva


O Espiritismo
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terça-feira, 2 de abril de 2013


AMIZADE
 Torna-te amigo de todas as pessoas.
A amizade é um tesouro do espírito, que deve
ser repartido com as demais criaturas.
Como um sol, irradia-se e felicita quantos a
recebem.
Há uma imensa falta de amigos na Terra, gerando
conflitos e desconfianças, desequilíbrio e
insegurança.
Quando a amizade escasseia na vida, o homem
periga em si mesmo.
Sê tu o amigo gentil, mesmo que, por enquanto,
experimentes incompreensão e dificuldades.

Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vida Feliz

 CONFIA SEMPRE
 Confia sempre na ajuda divina.
Quando te sentires sitiado, sem qualquer
possibilidade de liberação, o socorro te chegará
de Deus.
Nunca duvides da paternidade celeste.
Deus vela por ti e te ajuda, nem sempre como
queres, porém, da melhor forma para a tua
real felicidade.
Às vezes, tens a impressão de que o auxílio
superior não virá ou chegará tarde demais.
Passado o momento grave, constatarás que o
recebeste alguns minutos antes, caso tenhas
perseverado à sua espera.

Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vida Feliz
NÃO ESTRAGUE O SEU DIA
Você já experimentou, alguma vez, aquele amanhecer sombrio, em que tudo lhe parece amargo?

 Esses dias aparentemente têm os mesmos aspectos para todos nós, mas são vividos de maneira diferente por cada indivíduo.

 Alguns ficam tristes e quase calados. Buscam isolar-se para evitar qualquer contato com alguém que lhes faça perguntas sobre o que está acontecendo, porque está assim, etc.

 Outros deixam o mau humor dirigir seus passos e, em poucos minutos, azedam todo o ambiente em que se encontram. Distribuem gestos bruscos, falam com irritação, respondem com azedume, culpam os outros por tudo de errado que acontece.

 E a resposta para comportamentos desse tipo logo se faz sentir no organismo, em forma de azia, enxaqueca, dores musculares, entre outros males.

 E o pior de tudo é que nem sabemos o porquê de tanta irritação. Não paramos um pouco para meditar sobre a situação em que nos encontramos, nem para mudar o curso dos acontecimentos.
 De maneira irrefletida, estragamos o nosso dia movidos por um estado d´alma que nos toma de assalto e no qual nos deixamos mergulhar, sem refletir.

 Passados esses momentos amargos, fica uma desagradável sensação de mal-estar, de indisposição, de sentimentos feridos, de relacionamento comprometido.

Assim, se você sentir que está diante de uma manhã sombria, de um momento amargo, vale a pena tomar medidas urgentes para não se deixar cair nas armadilhas.

Se ainda está em casa, faça uma prece antes de sair.

Se estiver no trabalho, busque um local que lhe permita ficar só por um instante, respire fundo e eleve o pensamento a Deus, rogando forças e discernimento para não se deixar levar por circunstâncias desagradáveis.

Lembre-se, sempre, que todos temos momentos difíceis, e que só depende de nós complicá-los ainda mais, ou sair deles com sabedoria e bom senso.

Lembre-se, ainda que, por mais difícil que esteja a situação, ela será tragada pelas horas e substituída por momentos mais leves e mais felizes.

Por essa razão, nunca valerá a pena estragar o seu dia.
  
Não estrague o seu dia.

A sua irritação não solucionará problema algum.
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida.
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.
A sua tristeza não iluminará os caminhos.
O seu desânimo não edificará a ninguém.
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.
Não estrague o seu dia.
Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o infinito Bem.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 38, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Disponível no CD Momento Espírita v. 6 e no livro Momento Espírita v. 2, ed. Fep.
 SEMPRE COM DEUS
Lembra-te de Deus para que saibas agradecer os talentos da vida.

Se te encontras cansado, pensa Nele, o Eterno Pai que jamais descansa. Como nos ensinou o próprio Jesus, o Pai trabalha constantemente.
Se te encontras triste, eleva a Deus os teus sentimentos, meditando na alegria solar com que, todas as manhãs, a Infinita Bondade do Pai dissolve as trevas, anunciando um dia novo de oportunidades.
Se estás doente pensa em como Deus, na Sua compaixão e equilíbrio, reajusta os quadros da natureza. Pensa em como, após a tempestade, que arranca árvores centenárias e destrói montanhas, tudo se asserena.
Se te sentes incompreendido, ainda assim volta-te para Deus. Ele, o Eterno Doador de todas as bênçãos, quantas vezes é incompreendido pelas criaturas que criou e sustenta. Mesmo assim, a Sua paciência inesgotável não desanima, aguardando que nos decidamos por abandonar nossas imperfeições.
Se te sentes humilhado, entrega a Deus as dores da tua sensibilidade ferida ou do orgulho menosprezado, refletindo no anonimato com que Ele esconde a Sua imensa grandeza, servindo-nos todos os dias.
Se te sentes sozinho, busca a companhia sublime de Deus na pessoa daqueles que seguem na retaguarda, cambaleantes de sofrimento.
Os mais solitários que tu mesmo, que se encontram em provações mais difíceis que as tuas. Procura aqueles que a miséria encara todas as horas e necessitam da tua ajuda para matar a fome, a sede, acalmar a dor.
Sai de ti mesmo e procura-os. Eles se encontram nas favelas, nas praças, nos hospitais, nos asilos, nas prisões. Talvez, ao teu lado, nos familiares que te esperam um gesto de carinho, uma palavra amiga, um pouco de atenção.
Se estás aflito, confia a Deus as tuas ansiedades. Fala-Lhe de tudo aquilo que te vai na intimidade e Nele, que é o Amor, todas as tuas tormentas haverão de se acalmar.
Enfim, seja qual for a dificuldade, recorda o Todo Misericordioso que não nos esquece.
Na oração haverás de encontrar a força a fim de te ergueres e superares os problemas, pequenos ou grandes que te estejam a supliciar.
Na oração, que é rota de luz, não haverá de te faltar o ânimo para enfrentar mais este dia, com coragem, bom ânimo e alegria, porque, afinal de contas, dia como este nunca houve e nem haverá igual.

Na vida, auxilia quanto puderes. Faze o bem sem olhar a quem.
Imagina que és o lavrador e o teu próximo é o campo. Tu plantas e o outro produz. Tu és o celeiro, o outro é o cliente.
Se desejas seguir para Deus, pensa que entre Deus e tu mesmo, o próximo é a ponte.
O Criador atende às criaturas através das criaturas.
Por isso mesmo, é preciso viver e servir.


Redação do Momento Espírita com base nos cap. 13 e 19 do livro
O Espírito da verdade, por diversos Espíritos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, ed. Feb.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.

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