Pessoas
Surpreendentes
Um rapaz de
vinte e dois anos adentra o palco do Korea’s Got Talent. Programas semelhantes
existem, com versões mais ou menos parecidas, em vários países do
mundo.E, vez ou
outra, pessoas muito especiais ali comparecem.
Elas têm um
sonho, desejam seguir uma carreira, mudarem o rumo da própria
vida.Com Choi
Sung-Bong não foi diferente. Abandonado aos três anos de idade, ele viveu em um
orfanato até aos cinco anos. Fugiu, confessa, depois de ter apanhado de pessoas
responsáveis pela instituição.
Por dez
anos, viveu pelas ruas. Vendia chicletes e bebidas. Dormia em escadas e
banheiros públicos. Sempre que encontrava, nas ruas, aulas gratuitas de música,
ele comparecia.
Fez o
supletivo para o ensino fundamental e teve seu primeiro contato com a escola, ao
iniciar o ensino médio.
Hoje,
trabalha como servente de pedreiro. Seu sonho é se tornar um cantor. Um sonho
que foi despertado de estranha maneira.
Certa feita,
estando a vender chicletes em uma casa noturna, ele viu um cantor no palco, se
apresentando.
A música
animada o envolveu e ele ficou fascinado pelo que fazia aquela pessoa no palco.
Decidiu: seria cantor.
Conta ele
que viveu momentos muito duros em sua vida. Chegou a ser vendido a pessoas
inescrupulosas.
Esse jovem,
de experiências amargas, guarda doçura na voz e humildade na sua apresentação.
Nota-se-lhe a timidez ao falar.
Também o
nervosismo, frente ao microfone, apertando os olhos e os lábios, vez que
outra.
Ele confessa
que, quando canta, se sente outra pessoa. E, realmente, quando abriu sua boca
para interpretar a música de Ennio Morricone, no idioma italiano: Nella
Fantasia, a emoção tomou conta da plateia e dos
julgadores.
Era mesmo
outra pessoa. Um cantor interpretando uma canção, com alma e
coração.
O sem
família, que viveu anos pelas ruas, trabalha, estuda e persegue seu sonho. Não
há amargura na sua voz.
Há a doçura
de quem crê num mundo bom, conforme os próprios versos da canção que elegeu para
sua apresentação e cuja tradução nos diz:
Nesta
fantasia eu vejo um mundo justo.
Ali todos
vivem em paz e em honestidade o sonho das almas que são sempre livres, como as
nuvens que voam, cheias de humanidade.
Na fantasia
existe um vento quente, que sopra pela cidade como amigo. Eu sonho que as almas
são sempre livres...
* * *
Ante
histórias tão comoventes como esta, continuamos a afirmar: o mundo melhor já
está presente entre nós.
Almas que
não elegem a vingança, nem o ódio ou a mágoa para si. Criaturas que olham mais
para o futuro do que para o passado de dores.
Seres que
sonham com um mundo claro, onde a noite é menos escura, onde as almas são livres
como as nuvens que voam, cheias de humanidade...
Irmanemo-nos
a essas pessoas, vivendo de forma positiva, fazendo o melhor das nossas vidas
para o bem de todos os que conosco convivem e se nos
acercam.
Redação do
Momento Espírita, com base em vídeo do programa
Korea’s Got
Talent.
Em
27.09.2011.
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