quarta-feira, 5 de maio de 2010


Copiado do Do blog É POSSIVEL SER FELIZ...

Na minha profissão contacto com muitas pessoas mais velhas. Uma das coisas que mais gosto de fazer é observar a maneira de reagir de cada pessoa. Cada um encara o passar dos anos à sua maneira, com tristeza, sofrimento, desânimo mas também com alegria, com vontade, com amor. De vez em quando vêm os dois elementos do casal de braço dado, apoiando-se mutuamente, respeitando-se e amando-se mesmo quando já estão juntos há muito tempo e é tão bonito... ver que o amor pode mesmo ser eterno. Depois também há casais que quando vêm juntos tornam o atendimento tão difícil porque barafustam, desentendem-se, confundem-se um ao outro (e a mim) e eu questiono-me "Que forma de amor é esta? Como chegaram juntos até aqui.?!" Também testemunho tristezas como a mulher que percebe que vai perder o marido em vida quando o médico profere a sentença "Alzheimer" ou aquela que chega, de luto carregado, e me conta, por entre lágrimas, que o marido morreu e a deixou ali sozinha. E aparece também aquele homem que ficou viúvo mas que volta a encontrar alguém para amar e para caminhar, pelo ocaso da vida, de mão dada provando que nunca é tarde para amar. Também admiro aquelas (ou aqueles) que mesmo idosos não se cansam de tirar o melhor que a vida lhes pode dar passeando, conhecendo coisas novas, dançando e divertindo-se. E dou por mim a sorrir com o coração cheio de carinho e a pensar se chegarei aquela idade com aquela alegria de viver. Envelhecer não tem que ser, fatalmente, motivo de tristeza. Aquilo que vamos vivendo ao longo vais-nos tornando pessoas muito mais ricas e interessantes.

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