segunda-feira, 30 de dezembro de 2013



ENVELHECER COM AMOR
Fátima Abreu
O carinho de anos levam no peito...
Rugas, criaram juntos.
As dores apareceram também...
O desgaste do corpo acontece dia a dia
Chega um ponto, que nada adianta mais:
É viver bem, o que ainda se tem...

As palavras doces combinam com as compotas de frutas...
Ela faz.
Na beira do fogão, sorri
Escuta um barulho na porta da cozinha
É seu velho companheiro que entra por ali.

Senta-se na cadeira, já com a madeira bem gasta pelos anos
Nunca trocaram a mobília, sempre foi a mesma desde o casamento.
Coisas que trouxeram, ali ficaram, e o sentimento nostálgico daquela época, reviviam...
Era uma cumplicidade, de toda uma existência!
Sorriem juntos, choram também...
Caminham de manhã pelo grande quintal,
Molhando flores, "aguando matos", como ele diz
Depois, voltam para a cozinha
Tomam finalmente o café da manhã
Regados a leite ou mingau
Café, pão e queijo.
Entre uma coisa e outra, um beijo...

Carinho, não enruga, como sua pele.
Amor, não sai do coração!
Beijos podem ser dados, ainda que com cabelos grisalhos...
Cumplicidade, fortalece!
Esse é o fim, que cada um de nós, merece.

A colcha de retalhos, ela mesma costurou.
Cobria seu velho companheiro,
Antes de finalmente se deitar
E 'afofar' seu travesseiro.

O cãozinho e o gatinho, também são seus companheiros:
Deitam-se com o casal, tão logo percebam o silêncio da noite.
Aos pés deles, ficam quietinhos...
E na madrugada fria de inverno,
Cada um se esquenta no calor do outro,
A colcha, é apenas um detalhe.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

UM CONTO DE NATAL

A história é simples, mas comovedora.
Tudo começou porque Mike odiava o Natal.
Claro que não odiava o verdadeiro sentido do Natal, mas seus aspectos comerciais.
Os gastos excessivos, a corrida frenética na última hora para comprar presentes para alguém
da parentela   de que se havia esquecido.
Sabendo como ele se sentia, um certo ano a esposa decidiu deixar de lado as tradicionais camisetas, casacos, gravatas e coisas do gênero.
Procurou algo especial só para Mike.
A inspiração veio de uma forma um tanto incomum.
O filho Kevin, que tinha 12 anos na época, fazia parte da equipe de luta livre da sua escola.
Pouco antes do Natal, houve um campeonato especial contra uma equipe patrocinada por uma associação da parte mais pobre da cidade.
Esses jovens usavam tênis tão velhos que a impressão que passavam é de que a única coisa que os segurava eram os cadarços.
Contrastavam de forma gritante com os outros jovens, vestidos com impecáveis uniformes azuis e dourados e tênis especiais novinhos em folha.
Quando o jogo acabou, a equipe da escola de Kevin tinha arrasado com eles.
Foi então que Mike balançou a cabeça, triste, e falou: queria que pelo menos um deles tivesse ganhado.
Eles têm muito potencial, mas uma derrota dessas pode acabar com o ânimo deles.
Mike adorava crianças.
Todas as crianças.
E as conhecia bem, pois tinha sido técnico de times mirins de futebol, basquete e vôlei.
Foi aí que a esposa teve a idéia.
Naquela tarde, foi a uma loja de artigos esportivos e comprou capacetes de proteção e tênis especiais e enviou, sem se identificar, para a associação que patrocinava aquela equipe.
Na véspera de Natal, deu ao marido um envelope com um bilhete dentro, contando o que tinha feito e que esse era o seu presente para ele.
O mais belo sorriso iluminou o seu rosto naquele Natal.
 No ano seguinte, ela comprou ingressos para um jogo de futebol para um grupo de jovens com problemas mentais.
No outro, enviou um cheque para dois irmãos que tinham perdido a casa em um incêndio na semana anterior ao Natal.
O envelope passou a ser o ponto alto do Natal daquela família.
Os filhos deixavam de lado seus brinquedos e ficavam esperando o pai pegar o envelope e revelar o que tinha dentro.
As crianças foram crescendo.
Os brinquedos foram sendo substituídos por presentes mais práticos, mas o envelope nunca perdeu o seu encanto.
Até que no ano passado, Mike morreu.
Chegou a época do Natal e a esposa estava se sentindo muito só.
Triste.
Quase sem esperanças.
Mas, na véspera do Natal, ela preparou o envelope como sempre.
Para sua surpresa, na manhã seguinte, havia mais três envelopes junto dele. Cada um dos filhos, sem um saber do outro, havia colocado um envelope para o pai.
O verdadeiro espírito do Natal é o amor.
Que nesta época, pelo menos, possamos exercitar nossa capacidade de doação.
Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a mensagem do divino aniversariante, lançada há mais de 2000 anos e que até hoje prossegue ecoando nos corações...

FonteMensagens e Poemas

http://mensagensepoemas.uol.com.br/natal/um-conto-de-natal-5.html

quarta-feira, 13 de novembro de 2013



 ROSA PARKS E O CANSAÇO DE CEDER

Era o fim de um dia de trabalho em Montgomery, Alabama, em dezembro de 1955. No espaço do ônibus onde era permitido aos negros sentar-se, a costureira Rosa Parks acomodou seu corpo ativo e seu rosto sereno de quarenta e dois anos, preparando-se para chegar à casa e encontrar o marido.

Um homem branco entrou no ônibus e não tinha onde sentar-se. O motorista removeu o sinal que designava o espaço concedido aos negros dentro do veículo e ordenou que quatro deles se levantassem a fim de que o passageiro branco pudesse acomodar-se. Três deles se levantaram. Rosa Lee Parks não se moveu de onde estava. Em seu rosto sereno havia uma clara e sólida determinação: não conceder mais uma vez.

Ao recordar o incidente que mudou sua história, a de sua gente e a de seu país, Rosa contava: “Quando ele me viu ainda sentada, perguntou-me se eu ia levantar-me e eu disse: Não, não vou”. E ele afirmou: “Bem, se você não se levantar, eu terei de chamar a polícia e prendê-la”. Eu respondi: “ Pode fazer isso”. Ao explicar a motivação de seu ato explícito de desobediência, Rosa dizia: “As pessoas sempre dizem que eu não dei meu lugar porque estava cansada, mas não é verdade. Eu não estava cansada fisicamente, ou mais cansada do que habitualmente estava após um dia de trabalho. Eu não era velha… tinha 42 anos. Não, eu só estava cansada de sempre conceder”.

Rosa foi presa, julgada e condenada por conduta desordeira, assim como por violar a ordem local. Foi, além disso, multada em 14 dólares. Na noite seguinte à sua prisão, cinqüenta líderes da comunidade afro-americana, chefiados pelo então quase desconhecido pastor protestante Martin Luther King Jr. reagiram à violência cometida contra Rosa Parks, organizando e deflagrando um boicote de 381 dias ao sistema segregacionista de ônibus do Alabama. A firme determinação de uma mulher deflagrou um movimento de protesto e luta dos negros norte-americanos contra a segregação e pelo respeito aos direitos, do qual a estrela foi o Pastor Martin Luther King Jr., que se tornou um ícone da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz anos depois. Sempre reconhecido àquela que havia sido o agente detonador do movimento de luta pelos direitos dos negros nos Estados Unidos, Martin Luther King Jr. dizia sobre seu gesto: “Na verdade, ninguém pode compreender a ação da Sra. Parks, a menos que realize que eventualmente a taça da capacidade de suportar transborda e a personalidade humana grita: “Eu não posso mais agüentar”.

Em 1956, o caso Rosa Parks foi encerrado na Suprema Corte norte-americana e a segregação entre brancos e negros nos ônibus declarada inconstitucional. Em 1957, depois de ter perdido o emprego e recebido ameaças de morte, Rosa e seu marido, Raymond, se mudaram para Detroit, onde ela trabalhou como assistente no escritório de John Conyers, um congressista democrata. Seu ex-chefe dá testemunho sobre a extraordinária personalidade de Rosa: “Ela era muito humilde, falava baixinho. Mas por dentro tinha uma determinação feroz”. Rosa trabalhou para o político como recepcionista no período de 1965 a 1988. “Ela tinha qualidades de uma santa”, acrescentava.

No último dia 26 de outubro, a suave guerreira, que com seu simples gesto libertou todo um povo, faleceu em sua residência de Detroit, Michigan. Morreu dormindo, certamente sonhando o sonho que sempre foi seu: viver em uma sociedade livre e igualitária. Aquela que se recusou a cumprir a ordem de levantar-se de seu lugar para perpetuar a injustiça do ”apartheid” racista repousa agora na paz da vida em plenitude. Enquanto isso, sua memória é marco obrigatório de encorajamento para todos os que sonham e lutam por um mundo mais humano.

Em recente viagem à África do Sul, o reverendo Jesse Jackson, um dos principais defensores dos direitos civis nos Estados Unidos, enalteceu a figura de Rosa Parks, recordando que seu ato aparentemente simples forçou os negros americanos a “se levantarem” pelos seus direitos. “Ela forçou o resto de nós a nos levantarmos.

Foi um esforço consciente de uma lutadora pela liberdade”, disse Jackson, durante entrevista coletiva em Johannesburgo. Ele se referiu a Rosa como uma “mulher de grande coragem, que conscientemente arriscou sua vida e enfrentou a prisão para romper com o sistema do apartheid”.

Mãe da luta pelos direitos civis americanos, a figura de Rosa Parks brilha fulgurante diante de nossos olhos, cada vez que preferimos a comodidade de conceder ao risco de protestar e lutar contra as injustiças que enchem o mundo em que vivemos.
***
Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 – Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o estopim do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

 Fonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=6372&cod_canal=47

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Como deixar a vida mais leve e agradável?
Postado por: Solange Quintanilha  

Muitas vezes, as preocupações são sobre coisas que ainda nem existem e nem vão acontecer. São apenas pensamentos negativos, apenas fantasias que só existem na mente e não na realidade. 

Muitos adoecem de estresse sem saber que a causa disso é um emaranhado de preocupações. 

Várias coisas insignificantes levam muita gente a viver com conflitos e causam diversos sofrimentos. Pouquíssimos dentre nós são vítimas de grandes danos e crueldades. São os pequenos golpes em nosso amor-próprio, certas injustiças, ligeiros abalos em nossa vaidade, expectativas nossas que não se realizaram, falhas que não suportamos, que causam grande parte dos nossos sofrimentos. 

Precisamos ter certa aceitação dos problemas que acontecem, das situações desagradáveis, pois esse é o primeiro passo para se dominar as consequências de qualquer infortúnio. 

Podemos escolher entre aceitá-las como coisas inevitáveis, e ajustar-nos a elas, ou prejudicar a nossa vida com descontroles e revoltas. 

Há um desperdício de energia e uma ansiedade nervosa no homem que se sente angustiado quanto ao futuro, principalmente porque deseja ter controle sobre ele. 

A vida (e na maioria das vezes aprendemos muito tarde) está em se viver cada hora a cada dia, realizar uma tarefa de cada vez, valorizando o “hoje”, ao invés de perder tanto tempo pensando: “Quando eu for adulto, quando eu me casar, quando eu me aposentar, quando eu ganhar na loteria…” 

A confusão é a causa principal das preocupações.

É necessário conhecer os fatos de uma maneira realista, porque quando estamos muito preocupados, nossas emoções ofuscam a clareza e a objetividade, e ficamos agitados, confusos, andando de um lado para o outro.

São raras às vezes em que estamos cientes do que exatamente motiva os nossos comportamentos. É preciso entender o que se passa na nossa cabeça, identificar melhor o que pensamos e sentimos. 

Os hábitos surgem porque se obtém, de algumas formas um ganho secundário e também porque achamos que nenhum outro comportamento que conhecemos proporcionará o mesmo nível de satisfação. 

Uma maneira de descobrir como podemos mudar isso é procurar, usar novas estratégias, experimentar outras recompensas mais saudáveis. 

Na verdade, um problema bem formulado é um problema meio resolvido, já que 50% das preocupações se dissipam logo que se chega a uma decisão clara e definitiva. 

Muito importante, portanto, é examinar atentamente todas as possibilidades, visualizar claramente aonde queremos chegar, as causas e os efeitos e se organizar para por em prática a decisão tomada, sem adiar as suas decisões.
 
Fadiga e Cansaço 

O trabalho mental sozinho não cansa tanto, são os fatores psicológicos ou emocionais, tais como: tédio, ressentimento, perfeccionismo, ansiedade, preocupações, pressões, sentimento de rejeição ou de inutilidade, que produzem tensões nervosas em nosso corpo e nos cansam enormemente.

Muitas vezes é necessário falar com um profissional que possa nos escutar, nos orientar e nos ajudar a elaborar esses conflitos. 

As circunstâncias, por si sós, não nos tornam felizes ou infelizes. É a maneira como reagimos ante as circunstâncias, que determina os nossos sentimentos. 

Importante, é aceitar que há situações inevitáveis, que não podem ser de outro modo, mas que podemos tentar buscar as alternativas possíveis para a melhor resolução. 

Outro ponto importante é a pessoa se aceitar e gostar de si mesma. Quando ela luta porque quer ser diferente, quer ser outra pessoa, essa é uma fonte de muitas neuroses e sofrimento. 

Inúmeros homens de sucesso começaram a vida com tantos obstáculos, que precisaram de um grande empenho para fazer grandes empreendimentos e a conseguir grandes recompensas. Exemplos: Beethoven era surdo, Darwin era inválido, Tchaikovsky tinha muitas depressões, Ray Charles era cego e Helen Keller era cega e surda… 

O que se torna muito pesado, é que raramente as pessoas pensam no que tem, mas sempre no que falta. Com esse pensamento, fica difícil uma pessoa se sentir satisfeita ou realizada na vida (o “buraco” ou a “falta” estará sempre presente).

Então, vamos valorizar as coisas boas que possuímos. 

Final 

Os nossos pensamentos têm uma grande influência na nossa saúde física e mental.Se escolhermos os pensamentos acertados e positivos, estaremos no caminho que nos conduzirá à solução dos problemas, sem deixar que os erros e fracassos nos derrotem. Utilizar as vivências do passado somente como aprendizado e crescimento emocional, mas nunca ficar prisioneiro dele. 

As coisas não se resolvem magicamente e nem no exato momento que desejamos, existe um tempo para que as coisas se resolvam. 

É muito importante modificar nossa atitude mental, procurando ver a melhor maneira, o melhor ponto de vista, para fazermos escolhas acertadas.É de vital importância fazermos também na vida o que gostamos, o que nos dá prazer e alegrias. Onde o nosso interesse estiver fixado, lá se encontrará uma boa parte da nossa energia. 

Muitas pessoas vivem sonhando com um mágico roseiral colorido que se encontra além do horizonte, em lugar de apreciar as rosas que desabrocham hoje à nossa volta.
 

Texto de Solange Quintaniha

Psicóloga Médico-Hospitalar, Psicanalista e Psicóloga Motivacional. Especialista na Terceira Idade e em Tabagismo. Palestrante de Temas Existenciais e Autoajuda.

Contatos: (21) 8179-99-99
E-mail:solan@gmail.com gepsi8