segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Diante do Tempo

 

Senhor, diante do tempo, concede-nos a bênção de valorizá-lo, através dos minutos, a fim de que não nos atrasemos na senda do aperfeiçoamento espiritual.
Não nos deixes desprezar as oportunidades de trabalho de cada dia, ignorando os convites que a Vida nos formula para que doemos o melhor do nosso esforço no Bem de todos.
*
Somos o que fazemos de nós, no curso incessante das horas...
*
Mantém-nos sempre alerta contra a tendência ao comodismo, que, tantas vezes, nos leva a frustrar a própria expectativa de felicidade.
O tempo não convenientemente aproveitado é sofrimento que se perpetua e esperança que não se realiza.
Senhor, torna-nos mais conscientes e responsáveis, para que, amanhã, não venhamos a chorar, debruçados sobre as desilusões das horas que deixamos que se escoassem inutilmente!
 ***
Pelo Espírito: Irmão José
Do livro: Preces e Orações
Psicografia: Carlos A. Baccelli
Todos os créditos ao Autor acima

Fonte: 
http://meussonhosecontos.blogspot.com/2011/04/diante-do-tempo.htm

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


Sabias que a única época da vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças?

Se tens menos de 10 anos, estás tão entusiasmado em envelhecer que pensas em fracções.

“ Quantos anos tens? Tenho quatro e meio!” 
Tu nunca terás trinta e seis e meio. 
Tens quatro e meio, quase cinco! 
Esta é a chave!

Quando chegas à adolescência, ninguém mais te segura. Saltas para um número próximo, ou mesmo alguns à frente.

 " Quantos anos tens?'  Vou fazer 16!' Podes ter 13, mas… “vou fazer 16”! 
E, então, o maior dia da tua vida ... Completaste 21. 
Até as palavras soam como uma cerimónia.
COMPLETASTE 21... YESSSS!

Mas, então, chegas aos 30. Oh, que aconteceu? Isso faz-te parecer leite estragado! Fica azedo, temos que o deitar fora. Não tem mais graça, agora é apenas um bolo azedo. 
O que está errado? 
O que mudou?

COMPLETAS 21, ATINGES 30, aí estás ‘A EMPURRAR' 40. Putz! 
Trava, está tudo a derrapar! Antes que te dês conta, 
CHEGAS aos 50 e os teus sonhos foram-se·

 Mas, espera!  FIZESTE 60. Nem sequer pensaste que conseguirias!
Assim, COMPLETAS 21, ‘TORNAS-TE' 30, 'EMPURRAS' os 40, 
CHEGAS aos 50 e ALCANÇAS os 60.

Atingiste tal velocidade que bates nos 70! Depois disso, é um dia após o outro… Alcançaste Wednesday, September 8, 2010 ! 

Conseguiste chegar aos 80 e cada dia é um ciclo completo: alcançaste o almoço; passaste as 4:30 ; chegaste à hora de deitar. E não acaba nos 90, começas então a voltar atrás: ‘ Eu tinha exactamente 92 anos...'

Aí, acontece uma coisa estranha. Se passares dos 100, tornas-te criança outra vez. 'Eu tenho 100 e meio. Que todos vós chegueis a uns saudáveis 100 e meio!’

COMO PERMANECER JOVEM

1. Livra-te de todos os números não-essenciais . Isso inclui idade, peso e altura. Deixa os médicos preocuparem-se com eles. É para isso que lhes pagas .
2. Conserva só os amigos alegres. Os pessimistas deprimem-te.
3.Continua a aprender. Aprende mais sobre computadores, arte, jardinagem, seja o que for, até radioamadorismo. Nunca deixes o cérebro inactivo. Trabalha, estuda.'Uma mente inactiva é a oficina do diabo. E o nome de família do diabo é ALZHEIMER.
4. Aprecia as coisas simples.
5. Ria sempre,muito e alto.
Ria até perder o fôlego .
6. Lágrimas, acontecem. Suporta, queixa-te, mas continua.  As únicas pessoas que estão connosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostra estares VIVO enquanto estiveres vivo.
7. Rodeia-te daquilo que amas, seja família, animais de estimação, colecções, música, plantas, hobbies, seja o que for.  Teu lar é o teu refúgio.
8. Cuida da tua saúde: se estiver boa, preserva-a. Se estiver instável, melhora-a. Se estiver além do que podes fazer, pede ajuda.
9. Não faças viagens à culpa. Viaja para o shopping , mesmo para o concelho mais próximo; para um país estrangeiro, mas não para onde a culpa está.
10. Diz às pessoas que as amas, sempre que puderes.
E LEMBRA-TE SEMPRE : A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram o fôlego.

Se não mandares isto pelo menos para 8 pessoas, que importa? Mas compartilha isto com alguém. Todos nós temos que viver a vida ao máximo a cada dia!

Até à próxima!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Como lidar com o idoso portador de Alzheimer?

Psicóloga dá dicas
Escrito por Luciene Corrêa Miranda
Qua, 11 de Janeiro de 2012 13:58

A doença de Alzheimer constitui-se numa das maiores preocupações a respeito das doenças que atingem as pessoas mais idosas. Mas o que é esta doença? Quais suas características principais? Como ela avança? Existe cura ou tratamento? Atinge apenas pessoas idosas? Este artigo visa esclarecer essas e mais algumas dúvidas comuns.

A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez na década de 1900, quando o Dr. Alois Alzheimer identificou os sintomas da doença em uma paciente que tinha aproximadamente cinquenta anos de idade. Desde essa época outros pacientes foram diagnosticados com os mesmos sintomas e em todos, ao se realizar autópsia do tecido cerebral, podia-se observar uma grande diminuição no volume do cérebro – diminuição maior do que aquela que acontece com o envelhecimento normal. Atualmente, com o advento de novas técnicas de investigação diagnóstica, já foi possível identificar também a presença de algumas placas anormais que se depositam no cérebro do doente, impossibilitando a comunicação entre as células cerebrais – os neurônios – e, consequentemente, promovendo a morte das mesmas. Mesmo com todo o avanço nas pesquisas dessa área, até hoje, a única forma de se garantir o diagnóstico da doença é após o óbito do paciente, com a autópsia do tecido cerebral, mas alguns exames ajudam no diagnóstico, como uma ressonância magnética do cérebro (para constatar a redução do volume cerebral), a avaliação neuropsicológica e o relato dos familiares a respeito das alterações observadas.

É uma doença crônica (de longa duração), progressiva (os sintomas vão se agravando com o passar do tempo), incurável (existem apenas tratamentos paliativos), que afeta a cognição do portador, ou seja, interfere nos processos básicos relacionados ao pensamento: a memória, a atenção, o julgamento moral, a linguagem, a inteligência, a criatividade, dentre outras instâncias indispensáveis a uma forma de viver com autonomia e independência. Seu aparecimento está diretamente associado com a idade, ou seja, a maior probabilidade de se desenvolver a doença se dá nas pessoas mais idosas, mas há relatos de pessoas mais jovens portadoras da doença. Ainda não se sabe exatamente quais as causas da doença, mas já foi comprovado que há um componente genético e que se manter intelectualmente ativo pode ser um fator de proteção.

A doença costuma ser dividida em três fases: inicial, intermediária e avançada. Normalmente, quem percebe os sintomas iniciais da doença, que a princípio são discretos, são membros da família e pessoas que convivem diariamente com o paciente. Com o passar das fases, os sintomas vão se tornando nítidos e muitas pessoas ainda reagem com medo, estranheza ou deboche frente aos sintomas.

A fase inicial caracteriza-se por distração, pequenos lapsos de memória, dificuldade para lembrar nomes, palavras e aprender coisas novas, desorientação, alterações de humor (apatia, irritabilidade, dentre outras mudanças). Caso percebam algumas dessas alterações em um idoso conhecido, procure orientação médica (geriatra ou neurologista) o mais rápido possível.

Já a fase intermediária é caracterizada por perda aparente da memória e das funções cognitivas, diminuição da verbalização, alterações de comportamento bruscas e marcantes, alucinações, incapacidade de convívio social, risco de perder-se devido à crescente desorientação, não havendo condições de viver de forma independente. Nesta fase o cuidador deve ficar atento para que o paciente não fuja; é muito comum o portador da doença falar que "quer ir embora" de sua própria casa, pois ele apresenta um quadro de desorientação tão intenso que ele não se lembra de sua própria casa. O paciente não tem mais condições de tomar decisões importantes, principalmente do ponto de vista jurídico. O cuidador precisa também se proteger, pois alguns pacientes podem partir para a agressão física contra as pessoas mais próximas. Importante destacar que esta é uma reação característica da doença, não uma questão pessoal do idoso contra o cuidador.

Na última fase, os sintomas agravam-se consideravelmente e o portador da doença torna-se totalmente dependente do cuidador, até nas atividades mais simples para a sua sobrevivência, como alimentar-se e cuidar de sua higiene pessoal. A fala torna-se monossilábica e tende a desaparecer por completo. O paciente precisa usar fraldas geriátricas, pois perde o controle da bexiga e do intestino. Na maioria dos casos, perde a capacidade de deambulação e fica a maior parte do tempo acamado. Pode começar a apresentar dificuldades para engolir e precisa ser alimentado através de sondas. Com o agravamento do estado geral, o paciente caminha para o óbito.

Durante todo este percurso da doença, algumas complicações podem ocorrer, como, por exemplo, os conflitos familiares, já que normalmente a família não quer aceitar a doença ou não entra em acordo sobre quem irá cuidar do idoso dependente. Outros têm medo de futuramente virem a passar pelo mesmo problema que seu genitor está passando e entram em desespero. Outros não conseguem lidar com a finitude da vida de seu familiar.

O portador da doença de Alzheimer precisa de acompanhamento multidisciplinar: médico, enfermeiro, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, farmacêutico, fonoaudiólogo, advogado, nutricionista, dentista, assistente social – todos esses profissionais, dentro de sua área de saber, podem atuar visando à promoção da saúde, à proteção contra a violência e os abusos aos quais os mesmos são mais vulneráveis. O cuidador também precisa receber atenção multidisciplinar e, principalmente, precisa do apoio da família. Caso o cuidador não tenha condições de cuidar do portador da doença ou se a sua residência não oferecer segurança para a permanência do idoso nessa situação, uma boa alternativa é uma instituição de longa permanência para idosos, porém tendo-se o cuidado de preservar os vínculos familiares.

Alguns medicamentos utilizados no tratamento da doença de Alzheimer são disponibilizados pela rede SUS e são um direito do paciente, cabendo ao cuidador, juntamente com o médico, reivindicar pelos direitos daquele que não tem mais condições de solicitar sozinho. Porém, é importante lembrar-se de que os remédios não vão curar o paciente, nem mesmo fazer a doença estacionar, porém podem diminuir os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao portador e à sua família. Programas que visam à estimulação ou reabilitação psicológica, realizados por neuropsicólogos, têm demonstrado resultados satisfatórios no que diz respeito à atenção, à memória, dentre outros processos cognitivos, porém também não curam a doença.

Neste momento faz-se urgente que as autoridades governamentais, em nível mundial, dispensem financiamentos para fomentar pesquisas que investiguem a doença em sua totalidade. Profissionais de áreas multidisciplinares devem estudar e pesquisar mais sobre a doença, com ênfase especial à prevenção, às reais causas e a tratamentos eficazes para os portadores. Devemos pensar que, a qualquer momento, podemos estar direta ou indiretamente relacionados à doença: seja como profissionais, seja como familiares de portadores, ou mesmo como futuros potenciais portadores de uma doença grave e ainda bastante desconhecida.
  
Luciene Corrêa Miranda é psicóloga clínica, mestre em Psicologia e professora na Escola de Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora

FONTE:
http://idmed.uol.com.br/saude-do-idoso/como-lidar-com-o-idoso-portador-de-alzheimer-psicologa-da-dicas.html

terça-feira, 17 de janeiro de 2012



O Farol
Em meio ao mar, surge a construção de pedras, solene. É um farol, destinado a orientar o rumo dos viajores, nas noites escuras.
Quem quer que viaje em alto mar se sente seguro quando, em meio à escuridão, vê surgir o farol.
Ele está lá para servir, para advertir, para salvar.
A sua luz se projeta a distâncias enormes e, espancando a escuridão, permite que os que navegam possam perceber a proximidade dos recifes, os perigos imersos na noite.
O mar investe contra ele, noite e dia. Lança sobre ele as suas ondas, com furor. Vagas enormes lambem as pedras que se erguem, majestosas.
No fluxo e refluxo das ondas, o farol continua a iluminar, imperturbável.
Seu objetivo é servir. Noite após noite, ele estende a sua luz. Não se incomoda com os continuados e perigosos golpes que o mar lhe desfere.
Se, em algumas noites, ninguém se aproxima, desejando a sua orientação, também não se perturba.
Solitário, ele lança sua luminosidade, sem se preocupar com o isolamento.
Ele continua a postos para qualquer eventualidade, quando a necessidade surja, quando alguém precise dele.
* * *
No mar das experiências em que nos encontramos, aprendamos a trabalhar e cooperar, sem desânimo.
Permaneçamos sempre a postos, prontos a estender as mãos a quem necessite. Poderá ser um amigo, um irmão ou simplesmente alguém a quem nunca vimos.
Com certeza não solucionaremos todos os problemas do mundo. No entanto, podemos contribuir para que isso aconteça.
Se não podemos impedir a guerra, temos recursos para evitar as discussões perturbadoras que nos alcançam.
Se não conseguimos alimentar a multidão esfaimada, podemos oferecer o pão generoso para alguém.
Se não dispomos de saúde para doar aos enfermos, podemos socorrer alguém que sofre dores, oferecendo a medicação devida. Talvez possamos ser o intermediário entre o doente e o hospital, facilitando-lhe o internamento.
Se não podemos resolver a questão do analfabetismo, podemos criar condições propícias para que alguém tenha acesso à escola.
Mais do que isso. Podemos nos interessar pelos filhos dos que nos servem, buscando saber se não lhes faltam cadernos e livros, para a continuidade dos estudos básicos.
Enfim, o importante é continuarmos a fazer a nossa parte, contribuindo com a claridade que possamos projetar, por mínima que seja.
Imitemos o farol em pleno mar. Aprendamos a fazer luz.
* * *
A maior glória da alma que deseja ser feliz é transformar-se em luz na estrada de alguém.
O raio de luz penetra a furna, levando claridade. Estende-se sobre o vale sombrio e desata o verdor da paisagem.
Atinge a gota d'água e a transforma em um diamante finíssimo.
Viaja pelo ar e aquece as vidas.
Como a luz, podemos desfazer sombras nos corações e drenar pântanos nas almas. Podemos refazer esperanças e projetar alegrias.
Enfim, como raios de luz espalhemos brilho e calor, beleza, harmonia e segurança.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 19 e 20, do livro Rosângela, pelo Espírito homônimo, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 17.01.2012.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Convites da vida


Sem percebermos, a vida nos oferece convites sem cessar, em todos os aspectos, nas mais variadas situações.
São os planos Divinos, que arquitetam lições para nosso aprendizado.
Seja nas pequenas coisas do cotidiano, seja nas grandes decisões da vida, estaremos, não raro, sob os convites da vida, que estará a aguardar nossas decisões.
O bem avaliar de cada um desses convites será decisório em nosso caminhar, em nosso aprendizado.
Dessa forma, faz-se necessário avaliarmos com cuidado e maturidade cada uma das oportunidades que nos surge, cada situação que nos ocorre porque elas serão, sempre, os convites que teremos a analisar.
Não raro, alguns de nós, nas lides profissionais, somos convidados à desonestidade, à ilegalidade.
São convites à corrupção, ao suborno, às práticas ilícitas, quando lesamos a empresa que nos honra o salário ou a instituição governamental que representamos.
Assim, o policial rodoviário, quando convidado pelo motorista desonesto ao suborno, poderá aceitar ou não o dinheiro ilícito. É convite que a vida lhe oferece.
Haverá também o fiscal desse ou daquele órgão instituído, que poderá trocar suas obrigações funcionais pelo dinheiro fácil. São outros convites que a vida oportuniza.
Algumas vezes, na vida em sociedade, somos convidados à mentira e à falta de honradez nas relações pessoais.
Então, aquele que nos tem por amigo, na confiança da relação, deixa de contar conosco porque, por conveniência pessoal, traímos o sentimento.
Na vida familiar os convites nos surgem, no sentido de priorizar as coisas do mundo às coisas do coração.
Será quando, por questões financeiras, abrimos mão de relações afetuosas e de relacionamentos familiares felizes, por um desentendimento na partilha de uma herança ou na consumação de uma dívida.
Por isso, será sempre oportuno que fiquemos atentos a respeito dos convites da vida que estamos aceitando.
Quando o convite chega para que sejamos desonestos, é momento importante que a vida oportuniza para demonstrarmos a honestidade como valor da alma.
Se o convite se concretiza na oportunidade de priorizar o dinheiro às amizades e relações familiares, é a chance que a vida oferece, para que optemos pelos valores do coração, preterindo os monetários.
*   *   *
Há convites perturbadores em toda parte, conclamando-nos ao desequilíbrio. Porém, se já conseguimos percebê-los, na intimidade da alma, poderemos bem conduzir o nosso proceder.
O bem ou o mau caminhar de nossas vidas será sempre o reflexo de nossas opções, dos caminhos que decidimos percorrer.
Assim, avaliemos como temos respondido aos convites da vida para que, mais tarde, não tenhamos o remorso e o arrependimento como companheiros das nossas desditas, fruto das opções que fizemos ao longo do nosso caminhar.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9, do livro
Momentos de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 09.12.2011.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Rápida passagem
 Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino.
O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.
Onde estão os seus móveis? Perguntou o turista.
E o rabino bem depressa perguntou também:
Onde estão os seus?
Os meus? Disse o turista. Mas eu estou aqui de passagem.
Eu também. Falou o rabino.
* * *
A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fôssemos ficar aqui eternamente.
A grande preocupação é amontoar coisas. São casas na cidade, na praia, no campo, no Exterior.
Vários carros de cores, marcas e potências diferentes, para ocasiões diversas. Inúmeras roupas, dezenas de calçados, prédios, terrenos, joias. Quanto mais se possui, mais se deseja.
Justo que o homem anseie pela casa confortável, vestimenta adequada à estação, boa alimentação.
Tudo isso faz parte da vida material. São coisas necessárias para nos manter e podermos gozar de relativa segurança.
Entretanto, por que ajuntar tantas coisas, utilizando um tempo enorme em trabalho constante, sem nos preocuparmos com a vida do Espírito?
De um modo geral, afirmamos que não temos tempo para orar, para ler e estudar a respeito do mundo espiritual, do porquê nascemos e vivemos.
Nossa preocupação é exclusivamente no campo profissional, para ter sucesso, ganhar sempre mais.
Essa maneira de pensar é tão forte em nós que, ao auxiliarmos nossos filhos a se decidirem por essa ou aquela profissão, costumeiramente sugerimos que eles escolham a mais rendosa. Aquela profissão que, num tempo muito curto, trará excelente retorno.
Preocupamo-nos com as notas da escola, com seu desempenho nos esportes, nas artes.
Tudo muito correto! Mas, e quanto ao Espírito? Quando teremos tempo para lhes falar de Deus, da alma, de Jesus, da lei de amor?
Quando nós mesmos teremos tempo para frequentar um templo religioso? Para ajuntar tesouros espirituais, trabalhando as virtudes em nós?
Lembremos que a vida no corpo é uma passagem apenas.
Vivamos bem mas, de forma sábia, também cultivemos as coisas do Espírito, preparando a nossa vida para além da tumba.
* * *
A vida espiritual é a verdadeira vida. A vida terrena é breve e tem por objetivo o progresso do Espírito.
Estamos na Terra exatamente como alguém que chegasse de um lugar distante, parasse em uma determinada estação, ali permanecesse por um tempo e, depois, tomasse a condução de volta ao ponto de origem.
Assim são as nossas idas e vindas da Pátria espiritual para a Terra e daqui para lá.
Por esse motivo asseverou Jesus na parábola do homem que encheu os seus celeiros e se preparou para aproveitar tudo, ao máximo: Louco. Ainda esta noite a morte virá te buscar a alma.
 
Redação do Momento Espírita, com base em conto do
livro Histórias da alma, histórias do coração, de Christina
Feldmann e Jack Kornfield, ed. Pioneira.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 28.12.2011.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Mensagem que salva


Em setembro de 1995, um jornal publicou uma interessante história.
Tratava-se de uma jovem que, sem objetivos na vida, começou a achar que tudo estava contra ela. Ficou deprimida e pensou em se suicidar.
Tentou uma vez, em um hotel, mas a camareira entrou e chamou socorro a tempo. Ela foi salva.
Quando saiu do hospital, continuou com o firme propósito de acabar com a vida. Começou a estocar remédios. Às vezes, começava a olhar para o teto, procurando um lugar para colocar uma corda e terminar com tudo.
Era um tormento constante. A ideia não saía de sua cabeça. Dois meses depois, ela foi até um hotel levando trezentos comprimidos em sua bolsa.
Felizmente, três amigas atentas, dessas criaturas atenciosas que Deus coloca na trajetória dos seres, para servirem de anjos de guarda, descobriram o seu plano. Com muito esforço, a levaram até o hospital, antes que ela fizesse uso dos comprimidos.
Enquanto aguardava para ser atendida, na sala de espera do hospital, ela apalpava os comprimidos que trazia consigo, pensando em como faria para enganar as amigas e tomar a medicação.
Enfim, como o atendimento demorou um pouco, ela pôs os olhos sobre uma mesinha e viu uma revista. Pegou-a e abriu. Seus olhos ficaram arregalados de espanto, quando leu: Antes de você se matar.
O artigo oferecia diversas razões fortíssimas para se optar pela vida em vez do suicídio.
De uma forma misteriosa, aquelas observações foram calando em sua alma e ela desistiu de se matar.
Chamou uma enfermeira e lhe entregou todos os comprimidos. Nunca mais tentou se matar. Decidiu viver.
Ao publicar a sua história, afirmava que tudo acontecera há dez anos.
* * *
Uma mensagem salva uma vida. Isto nos mostra como é importante que as coisas boas, as coisas positivas sejam passadas adiante, sejam divulgadas.
Cada um de nós, onde esteja, pode ser um propagandista das coisas positivas, elevadas, nobres.
Podemos procurar um folheto que fale do otimismo, da fé em Deus, da beleza da vida e passá-lo adiante. Aquilo que nos faz bem, nos sustenta a esperança, deve ir além para favorecer igualmente outras vidas.
Se lemos um livro que traz lições excelentes, por que não emprestá-lo a alguém que sabemos estar enfrentando muitas dificuldades?
Se conhecemos a mensagem do Cristo, que é um poema de vida abundante, por que não repassá-la a outros?
Lembremos: às vezes, tudo o que é preciso para resgatar uma vida, fortalecer um coração é uma palavra generosa, uma mensagem de esperança e consolação.
* * *
O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida.
O bem é simples. A sua linguagem singela dispensa aparências.
Um sorriso a quem, em uma sala de espera, aguarda ansioso pela notícia de um parente hospitalizado.
Um aperto de mão, uma flor a quem está triste. Um gesto de carinho inesperado.
Habituemo-nos a espalhar o bem, oferecendo ao mundo os nossos esforços a benefício de outras vidas.

Redação do Momento Espírita, com base em crônica, do livro Pequenos milagres, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante e no verbete Bem, do livro Repositório de sabedoria, v. 1, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 04.01.2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

 Quando Deus criou as mães
.
Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou Dele e Lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação.

Em quê, afinal de contas, ela era tão especial?

O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.

Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.

Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.

Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma. Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.

Mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes. Mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido, quase insignificante, numa roupa especial para a festinha da escola.

Por ser mãe deveria ser dotada de muitos pares de olhos. Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.

Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: Eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo, mesmo sem dizer nenhuma palavra.

O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.

Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos.

De superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.

Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.

Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor mas, ainda assim, insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.

Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de desapontamento e de solidão.

Uma mulher de lábios ternos, que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho arrependido pelas tolices feitas.

Lábios que soubessem falar de Deus, do Universo e do amor. Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.
Uma mulher. Uma mãe.
* * *
 Ser mãe é missão de graves responsabilidades e de subida honra. É gozar do privilégio de receber nos braços Espíritos do Senhor e conduzi-los ao bem.

Enquanto haja mães na Terra, Deus estará abençoando o homem com a oportunidade de alcançar a meta da perfeição que lhe cabe, porque a mãe é a mão que conduz, o anjo que vela, a mulher que ora, na esperança de que os seus filhos alcancem felicidade e paz.
Redação do Momento Espírita.
 Disponível no cd Momento Espírita,
v. 5 e no livro Momento Espírita v. 1, ed. Fep.

Em 19.10.2011.