segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


A minha dica é: esqueça isso! Desista de esperar por uma permissão que só pode vir de você mesma. Desista de acreditar que sua felicidade precisa do aval de alguém que não de si mesma. Comece agora a experimentar e vivenciar e apostar naquilo que pulsa dentro de você! E não se surpreenda se, de repente, se descobrir muito mais feliz do que sempre imaginou!
Dra. Rosana Braga

Será que estou velha demais para encontrar alguém?
Autora: Dra Rosana Braga


Infelizmente, a cultura e as regras sociais tentam ditar o que podemos e o que não podemos fazer de acordo com a idade que temos. Enquanto crianças, certamente fazem sentido algumas restrições, especialmente aquelas que garantem a nossa segurança e a construção de nosso caráter.

Entretanto, depois de adultos, salvo as regras que promovem a gentileza e a boa convivência, quaisquer outras podem mais servir para nos limitar, engessar e perturbar do que contribuir para a felicidade pela qual tanto desejamos e merecemos. E por incrível que pareça, amar e ser amado também são itens que constam na lista de regras de acordo com a idade cronológica das pessoas.

Penso que, baseado na transparência e na verdade, amor é sempre permitido e bem-vindo, independentemente dos anos já vividos. Afinal, como escreveu Manoel Carlos:

”O amor não tem idade. Estamos sempre maduros para amar. E não acredito que o amor possa chegar cedo ou tarde. O amor é pontual. Chega sempre na hora certa, seja a hora que for”.

Não há nada mais construtivo, criativo e indicado para a saúde integral de todos nós do que a recíproca “amar e ser amado”. Inúmeras pesquisas já comprovaram os benefícios do amor para o corpo, incluindo pele, mente, humor, sistema imunológico e coração.

Porém, ainda assim, muitas pessoas se tornam reféns dos preconceitos e das imposições culturais e simplesmente não se permitem um novo amor, uma nova chance de ser feliz depois de certa idade. Sinceramente, eu nem saberia citar que certa idade seria essa que tenta definir as possibilidades de uma pessoa sem considerar a intensidade e a vivacidade de suas almas.

O fato é que se permitir ou não se permitir viver as próprias emoções termina estando a serviço da tão conhecida prisão que esse tipo de gente costuma se colocar: “o que os outros vão pensar se eu fizer isso?”. E, neste caso, convenhamos que não restam muitas opções. Ou melhor, praticamente nenhuma, já que o que cada um pensa, seja lá sobre o que for, seguramente é um direito adquirido individualmente.

O mais triste neste cenário – onde casais deixam de viver um grande amor por medo do que os outros vão pensar ou dizer – é que os outros vão pensar ou dizer de qualquer forma, aconteça o que acontecer, porque essa é uma dinâmica recorrente da maioria das pessoas. E isso significa que a única coisa que não irá se realizar será o amor e a felicidade dos envolvidos. De resto, o mundo continuará praticamente igual...

Portanto, toda vez que você se perguntar algo como “será que estou velha demais para encontrar alguém?”, tente se dar conta de que se estivesse velha demais para o amor ou para qualquer outra situação, sequer teria despertado esse tipo de questionamento. Ou seja, se você está perguntando, é porque está apenas querendo a “permissão” dos outros.

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