O que fazer quando tudo dá errado?
Não é nada fácil lidar com as
frustrações, porque encarar o erro significa também que participamos disso. E
parece que a primeira atitude frente a algo que saiu errado, que nos magoou, é
nos colocar na posição de vítima. E ainda que qualquer história tenha dois ou
mais lados, quando sentimos que perdemos, que sofremos, é muito natural nos
sentirmos traídos, mal compreendidos, desprezados.
Claro que somos mais do que a
dor, somos muito maiores que as perdas, e é natural a gente se deixar cair, o
que não podemos é nos acostumar à postura de vítima e ficar o tempo todo em que
levamos um contra nos recolhendo nessa triste realidade.
Acho, no mínimo, engraçado a
atitude de aceitar tão facilmente uma derrota e reclamar do destino infeliz,
porque é claro que nem tudo é como a gente quer. Mas isso não significa que em
cada tombo, em cada revés do destino não tenhamos chance de mudar as atitudes e
de encontrar caminhos alternativos. Podemos e devemos nos recriar, então,
porque nos aprisionar na condição de inferioridade que o estado de vítima nos
oferece?
Somos mais que a vítima,
somos mais que o vencedor, somos humanos, normais, pessoas que às vezes
acertam, em outras erram. Temos sonhos e frustrações quando apostamos em
resultados que não chegam, mas perder não significa que somos ruins, fracos ou
incompetentes. Significa apenas que aquele caminho não deu certo, que aquela
aposta não trouxe o resultado esperado, que aquela pessoa não era o que
imaginávamos, mas nós podemos e devemos continuar da experiência para frente e,
de preferência, sem mágoas.
Aliás, a mágoa, a frustração
e conseqüente depressão tomam conta da nossa vida quando não conseguimos lidar
com a derrota, com o fracasso, com os contras que recebemos da vida. Inclusive,
tratei algumas pessoas com síndrome do pânico que, na verdade, eram totalmente
imaturas em relação a lidar com as dificuldades. Veja bem que essa imaturidade
não tem nada a ver com idade cronológica e, sim, com uma dinâmica pessoal pobre
em auto-estima. Percebi que as pessoas com síndrome do pânico queriam demais
que suas apostas dessem certo, que as pessoas aceitassem a rota que traçaram
para si mesmas e para seus companheiros. Claro que não podemos generalizar e
dizer que todos que sofrem dessa síndrome são assim, mas, há em comum a todas
pessoas que enfrentam sofrimento, um desejo de não mais sofrer, de conseguir
algum tipo de controle da vida e das experiências, o que não inclui o fracasso.
Mas será que alguém controla
o destino, que faz tudo certo, que não erra, ou leva um fora?
Claro que não. Todos nós
erramos e quanto mais espertos formos ao entender a hora de parar, refletir e
mudar de rota, com certeza, as experiências serão menos doloridas e não será
necessário tanto desgaste para compreender que é o momento de mudar.
Tudo tem limites: sofrer por
amor tem limite, sofrer pela família também. Sofrer pelo trabalho, pela
convivência, por se sentir sozinho... Tudo isso exige que façamos um mergulho
interior, uma meditação profunda em nossas apostas. Pois se olharmos de forma
menos apaixonada para nossa história, com menos emoção e menos apego aos
resultados que traçamos, com certeza, teremos mais luz para pensar em alternativas.
As pessoas não merecem tanto
sofrimento por conta de um amor que não deu certo e, principalmente, não
merecem se afundar na frustração dos planos falidos. Mas é preciso de muita
luz, meditação, oração para se levantar e olhar para outra direção. Porém, de
que serve a vida se não para a gente viver, abrir-se para cada momento e cada
experiência?
A vida não vem pronta, nós
não nascemos prontos, estamos aqui para recriar a cada dia o nosso destino.
Compreendendo isso, assumi para minha vida um ditado do amado mestre Yogananda:
aceito as mudanças com alegria porque elas vêm para o meu bem! E é isso que
desejo a você!
Confira os ensinamentos e
meditações curativas que Maria Silvia ensina participando de um dos seus
grupos. Venha participar do seu Grupo de Meditação Dinâmica que acontece todas
as quartas-feiras, no seu espaço em São Paulo.
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canalizações.
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva
que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua
volta e receber orientações dos seus mentores.
E-mail:morlovas@terra.com.br
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